Os joinvilenses podem estar pensando que o volume de chuva e os consequentes alagamentos ocorridos na primeira quinzena deste mês foram maiores que os anos anteriores. Mas, na verdade, foi o janeiro passado que deixou essa sensação, já que foi o mais seco dos últimos 18 anos.
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Em 2013, a Defesa Civil registrou a ocorrência de apenas um vendaval e a estação meteorológica da Universidade da Região de Joinville (Univille), na zona Norte, registrou 137,8 milímetros, quando a média para o mês mais chuvoso da cidade ultrapassa os 350 mm.
Depois da estiagem do ano passado, os moradores terão de voltar a se acostumar com a famosa chuva de verão.De acordo com os dados da estação de meteorologia da RBS, os temporais que estão se formando seguidamente nos últimos dias são consequência do forte aquecimento combinado com a alta umidade na atmosfera. O fenômeno provoca nuvens de temporais que causam chuvas isoladas e mal distribuídas.
-Podemos ver que em algumas cidades chove bastante e na cidade vizinha quase nem chove-, destacou a técnica em meteorologia Bianca Souza.
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Na estação da Defesa Civil, na zona Oeste, a precipitação em 2013 foi de 155,4 mm. Já na primeira quinzena deste ano, o órgão registrou um acúmulo de 208,66 mm e confirmou a ocorrência de alagamentos nos dias 1º, 3 e 13 em várias regiões da cidade.
Conforme a técnica em meteorologia da RBS, o volume de chuva está dentro do esperado para o mês. Em 2011 e 2012, o acúmulo em janeiro foi entre 250 e 300 mm. Portanto, é bom ficar atento, pois deve chover muito ainda até o final do mês.
Para evitar os constantes alagamentos, o coordenador regional da Defesa Civil, Antônio Edival Pereira, chama a atenção para o trabalho de prevenção e manutenção, que é responsabilidade dos municípios.
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-Com a quantidade de chuva, se não tiver uma boa drenagem, com certeza vai alagar-, avaliou.
Limpeza de bocas de lobo
Os oito subprefeitos da cidade garantiram que estão fazendo a limpeza de bocas de lobo e a desobstrução de tubulação de ruas com uso de hidrojato.
Tubulações quebradas também têm sido substituídas. Eles afirmam que esse trabalho é feito diariamente por pelo menos uma equipe de até oito pessoas. Como o grupo é pequeno, até passar por todos os bairros da região, o trabalho acaba sendo insuficiente.
-Limpamos todos os eixos, mas em rua não pavimentada, qualquer chuva entope tudo. Estamos tentando nos desdobrar pra amenizar o problema-, destacou o subprefeito da regional Sul, Osmari Fritz.
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A Prefeitura informou que várias obras de drenagem foram feitas nos últimos meses e que o trabalho é constante.
Alguns exemplos são as obras na rua Israel, no bairro Jarivatuva; na rua Pixinguinha, no Comasa; nas ruas Antônio Fleith e na Estrada Boa Noite, em Pirabeiraba; em um trecho das ruas Florianópolis e Agulhas Negras, no Fátima; na rua Reinaldo Schneider, no Nova Brasília; na rua Walter Karmann, na Zona Industrial Tupy; e uma obra de limpeza de vala no loteamento Jardim Edilene, no bairro Paranaguamirim.