A Secretaria da Saúde de Joinville recebeu nesta terça-feira a confirmação do primeiro caso de dengue contraída dentro do município. É um morador do bairro Itaum, de 35 anos. A confirmação veio com os resultados do Lacen – Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina e Instituto Adolfo Lutz (SP).
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Joinville contabiliza agora 15 casos da doença, 14 deles importados (a pessoa contraiu a doença fora do município) e este último caso, cujo paciente declara não ter viajado para regiões onde há infestação.
Ele sentiu os sintomas no início de março, recebeu tratamento e já voltou às atividades.
– Antes mesmo da confirmação da doença, já vamos tratando os sintomas -, explica a gerente de Vigilância em Saúde, Jeane Vieira.
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A preocupação aumenta por se tratar de um morador do bairro com maior incidência de focos do mosquito. O Itaum contabiliza 129 dos 206 focos registrados nos primeiros três meses de 2015, seguido do Floresta, com 45 focos. Como ações, a Vigilância em Saúde aumentou o controle ao mosquito na área e continua o monitoramento a outros casos suspeitos.
Os últimos dois casos autóctones da doença ocorreram em 2011 e 2012. Nos anos seguintes, 2013 e 2014, não houve registro.
A Prefeitura de Joinville já tinha divulgado dois casos contraídos no município neste ano, mas exames feitos posteriormente mostraram não serem casos de dengue, mas sim de leptospirose.
Os sintomas são febre, dor de cabeça, dor ao redor dos olhos, dores musculares e articulares e uma erupção cutânea semelhante à causada pelo sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de morte. As pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar atendimento médico e não se automedicar.
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A Vigilância Ambiental recomendação que os moradores, principalmente os dos bairros Itaum e Floresta, redobrem os cuidados para evitar a proliferação do mosquito, como eliminar objetos que acumulem água.
– A fêmea do mosquito, que transmite a doença, vai procurar água parada para depositar seus ovos, é do instinto dela -, explica a coordenadora da Vigilância Ambiental, Vanderli de Oliveira.
Também é sugerido o uso de repelente para evitar a picada do mosquito Aedes aegypti, que tem hábitos diurnos: ataca no início da manhã e final da tarde.