Joinville já registrou 1120 focos positivos do Aedes aegypti até 15 de abril deste ano. Nos primeiros quatro meses de 2018, o número registrado era de 315 pontos – representando um aumento de 255,5% entre os dois anos. Os dados são do relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC), divulgado nesta segunda-feira.
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A quantia computada em 2019 também é 38,9% maior do que o registrado durante todo o ano passado, quando 806 focos do mosquito foram encontrados no município. Os cinco bairros mais infestados na cidade são o Boa Vista (208), Fátima (106), Itaum (105), Bucarein (89) e Jarivatuba (86). A proliferação dos focos do inseto acendeu um alerta no setor de saúde, que desde fim de fevereiro vem intensificando as ações de combate.
Na última quarta-feira, 10 de abril, o terceiro caso autóctone – contraído dentro da cidade – foi registrado. O paciente, de 66 anos, mora na Zona Industrial Norte, ele recebeu atendimento médico e passa bem. Além deste, Joinville já teve outros dois registros de casos autóctones da doença – um em 25 de fevereiro e outra em 12 de março.
Seis casos são investigados
Desde janeiro, o município ainda registrou dois casos de dengue alóctones – onde o contágio é feito em outras localidades e um indeterminado. Seis casos também são investigados no município. Fora a dengue, o mosquito ainda é transmissor da zika vírus, febre chikungunya e febre amarela urbana.
Com a quantidade de focos positivos, o Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde continua em alerta e realizando ações de conscientização e combate ao mosquito. De acordo Nicoli dos Anjos, coordenadora do serviço, o órgão tem feito reuniões com as lideranças das comunidades, igrejas, grupos de oração e escolas para divulgar as informações quanto à proliferação do mosquito da dengue e ainda solicitar apoio da população para a prevenção.
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Além disso, a vigilância continua com as ações de monitoramento e controle rotineiras, como visitas diárias de campo para fazer a identificação e contenção dos focos; coleta de lixo descartado indevidamente em terrenos e vias públicas; recolhimento de pneus e encaminhamento para locais adequados (como o ecoponto disponível na Subprefeitura Leste); monitoramento semanal de aproximadamente 1,5 mil armadilhas instaladas em comércios e residências, em todas as regiões do município.
Confira dicas de prevenção
— Evite usar pratos nos vasos de plantas; se usar, coloque espuma em volta do pratinho;
— Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
— Mantenha lixeiras tampadas;
— Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas-d’água, lembrando de vedar inclusive o “ladrão” com uma tela de proteção;
— Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
— Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
— Mantenha ralos fechados e desentupidos;
— Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
— Retire a água acumulada em lajes;