Joinville registrou na última segunda-feira a primeira morte por gripe B neste ano em todo o Estado. A vítima foi Jailson Jean Cardoso, 17 anos, que estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital São José. Ele deu entrada no Pronto-atendimento Sul no fim de semana e foi transferido para a unidade estadual. A irmã dele também chegou ao PA no domingo com possíveis sintomas, mas recebeu alta no dia seguinte.
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Esta foi a quarta morte de pessoas com o vírus Influenza na cidade. As outras três morreram por gripe A, do subtipo H3N2. Até agora, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) identificou 16 casos de gripe em Joinville. Foram 14 pessoas com H3N2 e outras duas com o vírus Influenza B. Em Santa Catarina, já são 211 casos identificados, sendo 27 óbitos.
De olho na prevenção
É importante lavar as mãos com frequência e evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Também é necessário manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, limpos com álcool, e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
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Se estiver gripado, cubra a boca e o nariz com um lenço quando tossir ou espirrar ou use o antebraço. Evite sair de casa quando tiver gripado.
Os sinais e sintomas, em geral, são:
– Febre alta
– Calafrios
– Tosse, que pode ser seca ou com expectoração
– Dor de cabeça
– Dor de garganta
– Cansaço
– Dor muscular
– Coriza
A doença
A influenza, normalmente conhecida como gripe, é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior importância clínica. Estima-se que, em média, o tipo A causa 75% das infecções, mas em algumas temporadas, ocorre predomínio do tipo B.
Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais e, também, por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas. Em geral, essas são associadas ao aumento das taxas de hospitalização e de mortes por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam doenças crônicas e fatores de risco. O vírus C raramente causa doença grave.
Transmissão
O vírus é transmitido a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver algumas horas em diversas superfícies tocadas frequentemente, de madeira, aço e tecidos. A partir do contato com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesões pulmonares, que podem ser graves e até fatais, se não tratadas a tempo.
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Os vírus influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se principalmente no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão. A transmissão ocorre principalmente em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semifechados. Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes.
Complicações
Pessoas de todas as idades são susceptíveis à infecção pelo vírus influenza. Porém, a evolução geralmente tem resolução espontânea em sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. Alguns casos podem evoluir com complicações. As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por, outros vírus, sinusite, otite e desidratação.
Alguns indivíduos estão mais propensos a desenvolverem complicações graves, especialmente aqueles com condições e fatores de risco para agravamento, entre esses: gestantes, adultos com idade maior que 60 anos, crianças com idade menor que dois anos e indivíduos que apresentem doença crônica, especialmente doença respiratória crônica, cardiopatia, obesidade (IMC igual ou superior a 40), diabetes descompensada, síndrome de Down e imunossupressão e imunodepressão.