Vinte e nove de novembro de 2014. Nesta data, o Joinville entrou em campo classificado para a Série A de 2015 e nela confirmou o maior título de sua história, a Série B, mesmo com a derrota para o Oeste, em Itápolis (SP). Um dia inesquecível para os tricolores. A alegria não cabia dentro da maior cidade do Estado, que passou dias colorida pelo preto, branco e vermelho.

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No entanto, o orgulho rapidamente virou decepção após o 29 de novembro de 2014. De lá para cá, as coisas começaram a dar errado para o Coelho. O título catarinense de 2015, conquistado no campo, foi retirado pela Justiça Desportiva por um erro administrativo do JEC.

Na mesma temporada, a tão desejada participação na Série A não empolgou em nenhuma ocasião. O Tricolor ficou afundado na zona do rebaixamento durante as 38 rodadas, voltando de forma melancólica para a Série B.

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Se não bastasse tudo isso, os torcedores do JEC ainda viram a equipe perder o título catarinense de 2016 – consagrando um ¿trivice¿ histórico – e tiveram de suportar o pior dos vexames recentes: o rebaixamento para a Série C.

Todas estas decepções servem para explicar a razão de a Arena estar tão vazia em 2017. Diante de um cenário tão devastador, a campanha na Série C significa mais do que acesso. Na verdade, ela poderá representar o resgate da autoestima joinvilense.

Neste ano, o time até empolgou em alguns momentos do Estadual e, principalmente, na Copa do Brasil. Mas foi pouco e está bem longe de apagar o histórico recente.

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Cabe a Fabinho Santos e seus comandados trabalharem pelo resgate do orgulho de ser tricolor. Missão complicada, mas aceita pelo técnico desde o início de seu trabalho. Ele inclusive falou disso em entrevista publicada por ¿A Notícia¿ em 11 de janeiro. Questionado sobre seu grande desejo no JEC, Fabinho respondeu:

— Quero trazer alegria novamente ao torcedor do Joinville. Quero fazer este torcedor feliz.

No retorno à Série C, só há uma maneira de trazer alegria aos joinvilenses. E todos em Joinville sabem bem qual é o jeito de fazer os torcedores felizes.

Futebol passou a ser prioridade no investimento

Há três semanas, o superintendente de futebol, Carlos Kila, declarou em entrevista à coluna Toque de Letra que, apesar das dificuldades financeiras, o Joinville precisava tratar o departamento de futebol como prioridade durante a disputa do Campeonato Brasileiro.

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— Não temos mais o que economizar. Economizamos o ano inteiro no futebol. Agora, precisamos tratá-lo como prioridade — afirmou.

A direção do JEC entendeu o recado. Mesmo em dívida com vários de seus fornecedores, deu carta branca a Kila, que contratou oito jogadores (podem vir mais nomes) e fez a promessa de que honrará o pagamento de premiações e salários.

Para a Série C, chegaram os zagueiros Lázio e Alisson Cassiano; o lateral-direito Léo; os meias Eliomar e Chaveirinho; e os atacantes Thiago Alagoano, Everton Junior e Rafael Grampola. Destes, apenas Eliomar e Thiago Alagoano podem aparecer em campo para a estreia deste domingo, contra o Ypiranga-RS.

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De qualquer forma, a evolução da folha salarial é significativa. Dos R$ 350 mil mensais, o JEC deve gastar algo próximo a R$ 500 mil. Tudo para alcançar seu grande objetivo na temporada: o retorno à Série B.

Time terá poucas mudanças em relação ao Catarinense

Como a maioria dos jogadores do Joinville chegou recentemente, Fabinho Santos não terá todas as opções do elenco à disposição neste domingo, às 15h30, no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim (RS), contra o Ypiranga. Deste modo, é bem provável que ele leve a campo um time recheado por atletas presentes durante a campanha do Campeonato Catarinense.

As grandes novidades entre os titulares devem ser as presenças de Thiago Alagoano e Eliomar. Com a dupla, o comandante espera melhorar a capacidade de finalização da equipe, muito questionada ao longo do primeiro semestre.

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Eliomar, inclusive, deve jogar na função de falso 9. Apesar de ser meia, ele treinou assim nesta semana, nas atividades no CT do Morro do Meio. Logo atrás, devem estar Thiago Alagoano, Lúcio Flávio e Breno.

Outra novidade é o retorno do volante Renan Teixeira, que não atuava desde a quarta rodada do returno do Estadual. Ele sofreu uma lesão no joelho contra o Metropolitano e, desde então, tratava o problema. Neste domingo, provavelmente, com a faixa de capitão.

FICHA TÉCNICA:

YPIRANGA: Carlão, Márcio, Negretti, Wagner, Renan, Tiago Pedro, Ivo, Éder, Safira, André Luís e Michel. Técnico: Guilherme Macuglia.

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JOINVILLE: Matheus, Buiú, Danrlei, Max, Alex Ruan, Renan Teixeira, Tinga, Thiago Alagoano, Lúcio Flávio, Breno e Eliomar. Técnico: Fabinho Santos.