Um dos maiores júris da história de Joinville vai ocorrer nesta quinta-feira. Cinco pessoas denunciadas pelo Ministério Público por dois homicídios, uma tentativa de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores ocuparão o banco dos réus.

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A expectativa é de que o julgamento pode passar de um dia, já que provavelmente todos devem ser interrogados, testemunhas devem ser ouvidas, além do pronunciamento da acusação e das defesas. O julgamento está marcado para iniciar-se às 13h30, no Tribunal do Júri. Quatro dos cinco réus aguardam o julgamento presos.

Segundo a denúncia, Willian José de Oliveira, mais conhecido por Lila e Paulo Henrique Pereira – o Ceará ou Galego – seriam os responsáveis pela morte de Edson Luiz Duarte no dia 27 de junho de 2009. Sebastião Carvalho de Araújo, o Tião, seria o mandante do crime.

Edson foi morto em um ponto de ônibus, no bairro Comasa, com pelo menos quatro tiros a curta distância. Segundo as investigações, o crime teria ocorrido por rixa entre traficantes de drogas.

– A vítima vinha vendendo drogas naquele local, com o que não se conformou o denunciado Sebastião, também traficante, pois o ponto fazia parte da região por ele ?comandada? -, descreve a denúncia.

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Quase um ano depois, em janeiro de 2010, o irmão da vítima – Everton Duarte – quase foi morto com três tiros, porém conseguiu escapar. A tentativa de homicídio teria sido o ápice de várias ameaças que a família vinha recebendo por colaborar com as investigações da polícia com relação à morte de Edson. Segundo a denúncia, Tião teria efetuado os disparos em companhia de Ceará.

O pai dos irmãos – José Duarte – que na ocasião estava preso no Presídio Regional, também teria recebido ameaças de Tião.

Os réus Carlos Tonn e Anderson Rafael, conhecido por Dandan, são relacionados em outro homicídio ocorrido em março de 2010, em Ascurra, no Vale do Itajaí. Acompanhados de Tião, Ceará e um adolescente de 15 anos, os suspeitos foram denunciados pela morte de Diego Baldoíno, que teria sido vítima de uma emboscada.

A forma como Diego morreu é desconhecida, o que se sabe é que o corpo foi queimado. “Os denunciados, agindo em conjunto, destruíram o corpo da vítima com o uso de gasolina e fogo e, em seguida, ocultaram os restos mortais, até o momento não encontrados”, descreve a denúncia. A vítima teria sido morta por ter supostamente furtado uma arma de fogo que pertencia a Sebastião.

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Tião ainda responde por posse de arma, pois ao cumprir mandado de prisão na casa dele, a polícia encontrou uma pistola 380.

A sessão do Tribunal do Júri será intermediada pela juíza Karen Francis Schubert Reimer, da 1ª Vara Criminal, e terá o promotor de justiça Ricardo Paladino como representante do MP na acusação.

Corpo teria sido queimado

Os réus Carlos Tonn e Anderson Rafael, conhecido por Dandan, são relacionados em outro homicídio ocorrido em março de 2010, em Ascurra, no Vale do Itajaí. Acompanhados de Tião, Ceará e um adolescente de 15 anos, os suspeitos foram denunciados pela morte de Diego Baldoíno, que teria sido vítima de uma emboscada.

A forma como Diego morreu é desconhecida, o que se sabe é que o corpo foi queimado. “Os denunciados, agindo em conjunto, destruíram o corpo da vítima com o uso de gasolina e fogo e, em seguida, ocultaram os restos mortais, até o momento não encontrados”, descreve a denúncia. A vítima teria sido morta por ter supostamente furtado uma arma de fogo que pertencia a Sebastião.

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Tião ainda responde por posse de arma, pois ao cumprir mandado de prisão na casa dele, a polícia encontrou uma pistola 380.

A sessão do Tribunal do Júri será intermediada pela juíza Karen Francis Schubert Reimer, da 1ª Vara Criminal, e terá o promotor de justiça Ricardo Paladino como representante do MP na acusação.

Contrapontos

Réu preso – Sebastião Carvalho Araújo

O advogado Aldano José Vieira Neto foi nomeado defensor dativo de Tião. Ele afirma que ainda é prematuro definir qual será a tese articulada pela defesa no júri.

Réu Preso – Willian josé de oliveiRa

O advogado de defesa, Nelson Ferreira de Freitas Filho, disse que não costuma adiantar a tese de defesa.

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Réu preso – Paulo Henrique Pereira

A reportagem não encontrou o advogado de defesa, Albano Francisco Schmidt, para se pronunciar sobre o caso.

Réu Preso – Carlos Tonn

De acordo com o advogado,Jonathan Moreira dos Santos, o réu nega participação no crime. Segundo a defesa, a única prova que há contra o réu é uma mensagem trocada via celular com o suspeito Tião e a esposa dele. Porém, não há testemunhas ou réus que apontem a participação de Carlos no crime.

Réu – Anderson Rafael, o Dandan

A defesa alega inocência.De acordo com o advogado, Gilson Lisandro Schelbauer,não há provas que afirmem que Anderson Rafael, conhecido pelo apelido de Dandan,tenha participado do crime.Até a metade da instrução, a participação era atribuída a outro

homem que também respode pelo mesmo apelido. “O próprio juiz na época havia pedido impronúncia do Anderson. O MP recorreu da decisão e o Tribunal de Justiça de SC decidiu mantê-lo no processo”, argumentou.

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