Joinville tem a intenção de começar a realizar na cidade o sequenciamento do coronavírus para identificar possíveis mutações do vírus. A Secretaria da Saúde busca parceria com a Univille, que tem um laboratório de biologia molecular com capacidade para fazer o processo. Nesta quinta-feira (11), Joinville confirmou o primeiro caso da variante brasileira do coronavírus em Santa Catarina.
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O sequenciamento é a única forma de identificar possíveis variantes do coronavírus. Atualmente, o processo acontece no Laboratório Central de Florianópolis (Lacen), que é o único órgão em Santa Catarina que pode determinar oficialmente uma mutação no vírus.
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No entanto, o infectologista e coordenador da Vigilância em Saúde de Joinville, Luiz Henrique Melo, explica que o objetivo é reduzir o tempo para obter os resultados e dar agilidade na tomada de medidas de precaução.
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– Vários estados estão vendo a necessidade disso porque centralizar tudo em um lugar só no país continental como o nosso, obviamente traz demora. Então, a gente seguiria as regras federais, identificaria os casos e só mandaria para eles (Lacen) confirmarem – explica.
Caso a parceria seja firmada, Melo diz que o laboratório da Univille conseguiria fazer a triagem, identificar previamente os casos com mutação e enviar ao Lacen apenas aqueles que apresentassem mutações no sequenciamento realizado na cidade. Não seria mais necessário enviar todos os casos que são de Manaus, por exemplo.
– A ideia é fazer a parceria para mandarmos amostras e começar a avaliar não só aqueles indivíduos que identificarmos que vieram de determinado local, mas também aleatoriamente buscar a identificação de, quem sabe, até uma mutação local – detalha.
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O coordenador da Vigilância em Saúde ainda afirma que a universidade já tem a estrutura necessária, mas ainda precisaria de insumos e máquinas. A Univille vai fazer o levantamento do que falta para que a prefeitura possa avaliar a possibilidade de efetivar a parceria e dar início ao sequenciamento.
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