Inovar é uma prerrogativa para as empresas se manterem competitivas. Por meio do financiamento à inovação, a partir de linhas de fomento, torna-se possível o desenvolvimento de ambientes inovadores e da relação entre esses ambientes, os ecossistemas de inovação.
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Uma forma de pensarmos em quem é quem para linhas de fomento é usando o que chamamos de nível de maturidade tecnológica ou technology readiness level (TRL), como é denominado em inglês. O TRL pode ser classificado em uma escala de um a nove, em que de um a três significam projetos de alto risco ou pesquisa fundamental; de três a seis, projetos de médio a baixo risco, com resultados que estão saindo da ciência para a tecnologia; e, finalmente, níveis de sete a nove, quando transformamos o protótipo em produto em escala comercial.
Quando pensamos em linhas de fomentos, recursos reembolsáveis ou não, privados ou públicos, além de incentivos fiscais (por exemplo, Lei de Informática e Lei do Bem), precisamos considerar o nível de maturidade do projeto. Projetos de pesquisa básica (TRL um a três), nos quais os riscos são altos, precisam de investimentos normalmente públicos e não reembolsáveis. CNPq, Capes e Finep são algumas das agências que investem nesse tipo de projeto.
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A lógica é que o setor privado não irá investir se o risco for muito grande em um projeto sem escalabilidade. Projetos com TRL de sete a nove, de baixo risco, normalmente utilizam investimentos reembolsáveis, linhas de financiamento como Funtel, BNDES Inovação, Inovacred (Finep), dentre outros, normalmente a juros muito baixos.
Quando o projeto está na fase de prototipagem, TRL entre três e seis, saindo da pesquisa básica e entrando em um estudo de viabilidade econômica a partir de um protótipo, há recursos tanto reembolsáveis quanto não reembolsáveis. Boa parte das agências de fomento tem linhas de investimento para esse tipo de projeto. Além dos já citados, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Edital Senai-Sesi de Inovação são exemplos de linhas de fomentos não reembolsáveis para TRL três a seis.
O Edital Senai-Sesi de Inovação disponibiliza recursos não reembolsáveis em chamadas contínuas para empresas solucionarem desafios, utilizando infraestrutura e profissionais dos institutos de inovação e tecnologia do Sistema S, com a participação, de preferência, de uma universidade como parceira. Um diferencial é que desde startups até grandes empresas podem participar. Esse instrumento foi concebido com o objetivo de fomentar a cadeia de valor de setores industriais, abrindo frentes não apenas de projetos “para indústrias”, mas também projetos “entre indústrias”.
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