Joinville já passou pelo pico de casos de coronavírus e agora está em queda, afirmou o secretário municipal de saúde Jean Rodrigues da Silva, em entrevista à Redação Globo, da Rádio Globo Joinville, nesta quinta-feira (3). Isso não significa, no entanto, que é momento para afrouxar os cuidados com a prevenção à doença. Ainda que os números de infecções e internações de pessoas em estado grave estejam diminuindo, somente a vacina poderá garantir tranquilidade, salientou ele.

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— O sentimento do dia a dia já é de queda. Há alguns dias comentei que estávamos passando pelo pico em Joinville e realmente se configurou, o que não quer dizer que está tudo certo. Essa é só uma onda: enquanto não tivermos uma vacina e uma medicação profilática comprovadas, precisamos ficar alertas — analisou o secretário.

Em 4 de agosto, por exemplo, Joinville tinha 188 pessoas internadas na rede hospitalar da cidade com Covid-10, entre hospitais públicos e particulares —110 em leitos de UTI e 78 em enfermarias. Um mês depois, são 141: 92 em UTIs e 49 em enfermarias. Há 30 dias, 4.389 pessoas estavam em isolamento domiciliar após serem diagnosticadas com a doença e, agora, segundo a Prefeitura de Joinville, são 733 casos ainda ativos. 

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— Tudo isso que aconteceu nestes seis meses serve de aprendizado para o planejamento se a segunda onda vier — disse Jean.

Por enquanto, a cidade se mantém na posição de situação gravíssima no quadro do Governo do Estado. Conforme adiantou o colunista Jefferson Saavedra, a Secretaria de Saúde de Joinville já começou a “converter” leitos até então exclusivos para coronavírus para outros atendimentos e, segundo Jean, este movimento fará com que a cidade permaneça no nível de situação gravíssima de acordo com os critérios para medição dos indicadores de risco da pandemia.

— A matriz considera que temos que ficar estáveis com desocupação de leitos por um período de tempo. E nós não temos esperado este período de tempo, temos já utilizado para outras patologias, porque as necessidades de saúde da população não esperam. Não temos perspectiva de deixar leitos sobrando — informou.

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