Com o aumento no número de casos de dengue, Joinville passa a monitorar pacientes confirmados com a doença. O acompanhamento diário busca evitar desenvolvimento de graves e impedir que aumente a demanda dos hospitais no município. Ao menos 517 casos de dengue foram confirmados na cidade até esta quarta-feira (15), e outros 2.308 estão em investigação. 

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Segundo a prefeitura, Joinville, atualmente, se encontra em situação de alto risco para transmissão das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chikungunya e zika vírus. O monitoramento é feito por telefone com pacientes já confirmados. 

Ainda em investigação, os possíveis pacientes são classificados em quatro grupos, a depender da gravidade do caso. O menos grave fica pertencente ao grupo A. 

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— O paciente classificado como A vai ser atendido nas UBS. Os do grupo B vão ser encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde precisam fazer hemograma e permanecer em acompanhamento. Para isso, o serviço de exame de hemograma foi reforçado no Laboratório Municipal, para dar conta dessa demanda das UPAs com a rapidez necessária para avançarmos no atendimento ao paciente com dengue — explica o secretário de Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke.

No grupo B, estão casos que não são graves, mas são pacientes que possuem comorbidades com risco de agravamento. São eles os acompanhados de forma remota.

Os casos mais graves, pacientes classificados como C e D, normalmente necessitam de atendimento em hospital.

Dengue em Joinville no último ano

O número de mortes por dengue em Joinville cresceu 280% em 2022, quando comparado com o ano anterior. A cidade teve 21 mil casos no último ano, sendo 19 deles agravados para óbito.

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A maioria dos pacientes diagnosticados em 2022 tinha entre 20 e 30 anos. Foram 4,4 mil pessoas nesta faixa etária, enquanto outras 4 mil tinham de 30 a 40 anos. Ao mesmo tempo, 990 crianças com 10 anos ou menos também foram infectadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Em 2023, a crescente no número de focos da dengue preocupa o município. Para que a situação seja controlada, o secretário pede para que os moradores colaborem com os cuidados e identifiquem depósitos de água parada, locais onde podem vir a ser focos do mosquito transmissor da doença.

— A gente apela para essa identificação para que a gente consiga reduzir o número de focos, o contágio com a dengue e o prejuízo da doença para a saúde pública — diz.

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