Nesta segunda-feira (8), após reunião do Gabinete de Crise, a Prefeitura de Joinville publicou o decreto 41.413, que amplia medidas restritivas para fortalecer o combate à Covid-19 na cidade. Entre as novas medidas estão o toque de recolher e a limitação de horário no comércio. Quem se recusar a usar máscara na rua poderá pagar multa de mais de R$ 3 mil.

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— A grave situação deste momento nos obrigou a tomar este conjunto de medidas. A preservação da vida é o nosso foco! — pontuou o prefeito Adriano Silva.

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A decisão foi tomada levando em consideração o panorama da cidade frente ao enfrentamento da pandemia e o posicionamento dos Comitês Estratégicos. Uma reunião com os vereadores proporcionou a ampliação do diálogo.

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Joinville passa a ter toque de recolher das 22h às 6h. Neste período, apenas pessoas em deslocamento para o trabalho ou usuários dos serviços essenciais de saúde poderão circular nas ruas.

Outra medida importante é a restrição da venda de bebidas alcoólicas a partir das 18h em bares, restaurantes, lanchonetes, conveniências e similares.

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O horário de funcionamento de atividades do comércio e de serviços será organizado para reduzir a circulação de pessoas nas ruas e no transporte coletivo:

– Serviços de saúde não emergenciais: das 6h às 21h.

– Mercados, padarias, verdureiras e açougues: das 6h às 21h.

– Lanchonetes, restaurantes e bares: das 6h às 21h.

– Academias: das 6h às 21h.

– Materiais de construção e comércio para a indústria: das 7h às 17h.

– Lojas de departamento, galerias, shoppings e varejo: das 10h às 20h.

– Serviços não essenciais: das 8h às 21h.

Os serviços que atuam com delivery poderão receber os pedidos até às 21h, sendo que a entrega dever ser realizada, no máximo, às 22h.

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Fica vedado também o uso das áreas comuns de uso coletivo em condomínios residenciais. As medidas que foram estabelecidas no novo decreto começam a valer a partir de quarta-feira (10), com duração até 28 de março, podendo serem ampliadas caso haja necessidade.

Iminente colapso

No último domingo (7), a prefeitura distribuiu um comunicado à imprensa mencionando possibilidade de “iminente colapso das unidades de saúde da rede pública e privada”. O gabinete de crise realizou um encontro emergencial para preparação das novas medidas.

Ainda no domingo, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) pediu, em carta enviada ao prefeito Adriano Silva, que a cidade decretasse lockdown de sete dias. No ofício, a entidade citou que as medidas tomadas até então não foram suficientes para controlar a disseminação do vírus.

Até o fim da semana última semana, a administração municipal vinha apontando as medidas de restrição tomadas como suficientes, desde que cumpridas – por isso a insistência na fiscalização. No entanto, o agravamento da pandemia, com aumento de internações nos últimos dias, fez a prefeitura decidir por novas restrições. Em uma semana, o número de internados passou de 206 para 242.

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Na última semana, o presidente da CDL, José Manoel Ramos, havia criticado o lockdown em vigor apenas nos fins de semana. Em entrevista ao colunista Claudio Loetz, ele afirmou que “o Estado deu um canetaço em cima dos mais fracos“. A defesa de Ramos é de que todos os segmentos e portes de empresas precisam adotar o lockdown.

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