A partir desta segunda-feira, Joinville vai se transformar na sede de um encontro que promete traçar novas diretrizes para o atendimento a pessoas com deficiência intelectual.

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Integrantes de 187 associações de pais e amigos dos excepcionais (Apaes) de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Paraná e profissionais de diversas áreas estarão reunidos até quinta-feira, no Centreventos Cau Hansen, para o Congresso Estadual das Apaes, que neste ano tem como tema “Movimento na construção de um Mundo Novo”.

O congresso contará com a presença de palestrantes de diversos pontos do País. Destaque para especialistas como os médicos Zan Mustacchi, de São Paulo, e Cesar Aparecido Nunes, de Campinas (SP), que irão falar sobre adolescência, sexualidade e envelhecimento.

Além disso, o evento será encerrado com uma convenção dos direitos das pessoas com deficiência, e a leitura da carta de Joinville, que será elaborada ao longo do evento, com diretrizes e metas a serem cumpridas nos próximos anos.

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– A Apae de Joinville já recebeu o encontro em 2004 e gostaríamos de repetir o sucesso neste ano -, diz a presidente da Apae, Heloíza Walter.

Segundo ela, são esperadas mais de 1,5 mil pessoas, entre profissionais e estudantes que atuam diretamente com pessoas com deficiência.

A abertura terá a presença de Gustavo Kuerten e uma apresentação especial dos alunos do Bolshoi e da Apae, que prometem emocionar a plateia. Eles vão dançar e cantar ao som da música “Viver”, de Gonzaguinha.

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O grupo, formado por 17 alunos da Apae e 20 alunos do Bolshoi, tem ensaiado há um mês para a apresentação, e o período tem sido, realmente, de aprendizado para todos. Silvana Santos de Moura, de 20 anos, conta que já fazia aula de dança na Apae.

– Mas é a primeira vez que vou dançar para uma plateia tão grande -, relata, ansiosa.

Ela diz que está aprendendo muito com os alunos do Bolshoi. Mas, para os bailarinos, são os alunos da Apae que estão dando uma verdadeira aula.

A bailarina Gabriele Menezes, de 18 anos, aluna do Bolshoi desde o início deste ano, conta que até então nunca havia tido contato com pessoas com deficiência intelectual, e que a experiência tem sido muito gratificante.

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– É incrível ver a felicidade deles, quando a gente, às vezes, reclama de tantas coisas pequenas -, diz a bailarina, que foi contagiada pela energia de alunos da Apae. – Acho que estamos aprendendo mais com eles do que eles com a gente.

Até porque, quando o assunto é samba, muitos alunos do Bolshoi mostraram que têm muito samba no pé. Silvânia Tomazi, de 25 anos, é uma das alunas que se destacaram nos ensaios.

– Sempre gostei de sambar e há anos já sou a porta-bandeira da Apae no Carnaval -, revela.