Jaraguá do Sul e Joinville, as duas maiores cidades da região Norte, ocupam, respectivamente, a segunda e a terceira posições no ranking de infrações de trânsito envolvendo motoristas alcoolizados em Santa Catarina nos últimos cinco anos.
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Foram 44.734 no Estado. Os dados foram divulgados nesta segunda pela Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas e levam em conta apenas números de 2007 a 2011 fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Em números absolutos, Jaraguá do Sul registrou 2.590 infrações envolvendo embriaguez ao volante nestes cinco anos. Em Joinville, foram 2.252 infrações no mesmo período. No Estado, as duas cidades só ficam atrás de Blumenau, no Vale do Itajaí, que aparece em primeiro lugar com 3.136 infrações envolvendo motoristas embriagados.
Os números chamam atenção para a continuidade do problema mesmo após a chamada “lei seca”, que entrou em vigor em 2008 e proíbe dirigir sob a presença de mais de 0,1 mg de álcool por litro de sangue (algo como beber menos de meia latinha de cerveja). Quem for flagrado nessa situação leva multa, pode perder a carteira de habilitação e até ser preso.
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Como o levantamento é inédito e não especifica as infrações ano a ano, não é possível saber se essas infrações aumentaram ou diminuíram com o tempo. Em comparativos rápidos com a população de cada cidade ou com a frota de veículos, o ranking muda um pouco. Mesmo assim, Jaraguá permanece no topo de quase todas as comparações.
Norte em 2º lugar em SC
Semelhante à situação das cidades, o Norte também fica na segunda pior situação entre as regiões do Estado, de novo atrás, apenas, do Vale do Itajaí. Das 44.734 infrações envolvendo embriaguez nos últimos cinco anos no Estado, 29,51% ocorreram no Vale; 21,22%, no Norte; 19,99%, no Oeste; 12%, no Sul; 11,31%, na Grande Florianópolis; e 5,97%, na região serrana. As mais de 44 mil infrações levam em conta apenas a área urbana de cada município.
É claro que fatores como maiores frotas de veículos, como é o caso de cidades do Vale do Itajaí e do Norte, e também mais fiscalização – justamente uma solução para o problema – podem pesar mais na conta de cada região do que apenas o comportamento de motoristas que bebem antes de dirigir, na visão de especialistas.
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Por outro lado, a impunidade também pode ser motivo para motoristas continuarem consumindo bebidas antes de dirigir. Segundo o levantamento, apenas 26,86% de todos os casos do Estado tiveram inquérito instaurado para suspensão da carteira de habilitação dos infratores. A Frente Parlamentar pediu explicações ao Estado sobre a baixa resolução de casos.
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