O Joinville viveu seu apogeu logo depois da fundação, em 1976. Nos dez primeiros anos de existência, conquistou oito títulos estaduais. Mas os últimos anos da década de 2000 foram tenebrosos para o clube. Mesmo com a inauguração da Arena Joinville, em 2004, parecia que o JEC ficaria no ostracismo. Sem títulos importantes e fora do Brasileiro, tinha pouco mais de mil sócios em 2009. Agora na Série A do Brasileiro, são mais de 12 mil pessoas pagando as mensalidades em dia. Segundo o presidente Nereu Martinelli, essa é a principal fonte de renda.
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– Tem-se a imagem de que toda a cidade abraçou o JEC, mas não foi bem assim. Ainda é difícil conseguir um patrocinador master. Hoje a gente depende muito do sócio-torcedor.
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Martinelli acompanha de perto a realidade do Metropolitano. É sócio do Verdão. Diz que confia no trabalho da diretoria e entende as dificuldades que o clube passa na Série D:
– Joguei três anos a Série D e posso cravar: é a série mais difícil de todas no Brasil. É complicado de contratar, o nível das equipes é muito parecido.
É bom lembrar que o JEC subiu para a Série C graças a um erro do América-AM, que escalou um jogador irregular. Mas mesmo assim, o time logo subiu para a B (e com título), e ano passado levantou a taça de mais uma divisão do nacional.
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– Precisa ter dinheiro e apoio da cidade. Sem isso, fica muito mais difícil. Claro que com resultados, esse apoio tende a aparecer mais – defende o dirigente.
A ascensão da Chapecoense no cenário do futebol brasileiro é um dos casos mais surpreendentes. De time fora de série, o clube do Oeste chegou a dois títulos estaduais e hoje é o melhor colocado entre os catarinenses na Série A. Tanto o clube quanto a cidade colhem os frutos desses investimentos, como explica o presidente Sandro Pallaoro.
– Toda vez que tem jogo aqui, muita gente vem para a cidade. Profissionais de imprensa, torcedores dos municípios vizinhos, todos comendo e se hospedando aqui. E ainda levamos o nome da cidade para todo o país. Tenho certeza que todo o investimento que a prefeitura fez no clube está tendo retorno.
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Esse investimento não foi apenas na reforma do estádio. Segundo Pallaoro, tudo começou a mudar depois que poder público e empresários compraram a ideia da Chapecoense. A parceria mudou o cenário nas arquibancadas e nas ruas da cidade. As camisas de Inter e Grêmio foram substituídas pelo verde e branco da Chapecoense. E essa união é o segredo, segundo o dirigente.
– Vendo de longe a situação acredito que o fato de ter dois clubes só atrapalha. É preciso acabar com as vaidades e se unir.