O Brasil é o segundo maior transplantador de rins e fígados no mundo e Santa Catarina, por mais de dez anos consecutivos, lidera o ranking em doação de órgãos, com o índice de 40,6 doadores por milhão de pessoas. Esses números estão sendo destacados para marcar o Setembro Verde, mês dedicado aos doadores de órgãos.

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Apesar dos números otimistas, os centros hospitalares especializados em captação e transplantes enfrentam a barreira das famílias que não aceitam doar os órgãos de seu parente em morte encefálica. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), o Brasil possui 32.716 pessoas em lista de espera enquanto 43% das famílias não aceitam doar os órgãos.

Em Joinville, a Comissão Hospitalar de Transplantes do Hospital São José marcará o Setembro Verde com várias atividades que envolvem educação em transplantes com os acadêmicos dos cursos de saúde, associações da área da saúde, com funcionários e missa dedicada ao doador na capela do Hospital São José.

Para marcar o dia Nacional do Doador de Órgãos, em 27 de setembro, a comissão realizará nesta terça-feira, 25, o 5º Simpósio de Doação e Transplante aberto a toda comunidade no auditório da Biblioteca às 19h30, na Univille.

Em Santa Catarina, Joinville lidera, ao lado de Blumenau, Florianópolis, Jaraguá do Sul e Itajaí, a relação de cidades que mais realizam doações múltiplas de órgãos. No ano passado foram 28 captações e no primeiro semestre de 2018, 20.

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No Brasil, Santa Catarina aparece na terceira colocação entre os estados com maior número de doadores efetivos, abaixo de São Paulo e Paraná.

Como efetivar a doação

O enfermeiro Ivonei Bittencourt, da Comissão Hospitalar de Transplantes do Hospital São José, enfatiza que as pessoas devem conversar com seus familiares sobre o desejo de serem doadoras.

— Quem autoriza a doação é a família e não o que está registrado no documento pessoal. Quando um paciente morre, a comissão leva à família a oportunidade de doação de órgãos e muitos não consentem por não conhecer o desejo do falecido — explica o enfermeiro.

Ivonei Bittencourt destaca que todas as religiões ocidentais são a favor da doação de órgãos e não há deformidade do corpo devido à doação, nem custo algum para a família, pois o processo de doação e transplantes é todo financiado pelo SUS.

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A Comissão Hospitalar de Transplantes do HMSJ está disponível à comunidade para sanar dúvidas a respeito da doação de órgãos pelo endereço eletrônico transplantes.hmsj@gmail.com