Os 74 mil alunos da rede municipal de Joinville que estão em casa devido ao coronavírus devem retornar às aulas em breve. No entanto, elas não serão nas salas convencionais e terão um formato um pouco diferente do que os estudantes estão acostumados. A Secretaria de Educação está trabalhando na formatação de aulas à distância, que devem começar no início de abril.
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As aulas foram suspensas na última quinta-feira (19) após decreto do Governo do Estado para evitar a aglomeração de pessoas e o contágio do coronavírus. A suspensão é válida por 30 dias, sendo os 15 primeiros referentes ao recesso escolar de julho que está sendo antecipado. Com isso, não haverá parada dos alunos no meio do ano em 2020.
Desde a suspensão, as equipes da Secretaria da Educação estão trabalhando para montar esse modelo de aulas não presenciais visando o cumprimento das 800 horas necessárias para fechar o ano letivo. Estão sendo analisadas todas as ferramentas disponíveis no município.
– Precisamos entender quais as plataformas podemos utilizar. Temos o Youtube da Prefeitura, as páginas de serviço no site da Prefeitura, temos uma rádio do município. Ou seja, um leque de opções para atingir o maior número possível de alunos com diferentes meios – explica a secretária de educação Sônia Fachini.
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O que está sendo analisado é quais ferramentas atendem melhor os alunos, já que há uma série de especificidades a serem atendidas e alunos em diferentes realidades. Quando o modelo for finalizado, ele ainda deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal de Educação. Segundo a secretária, a perspectiva é que as ferramentas comecem a ser implementadas gradativamente ao fim dos 15 dias iniciais de suspensão das aulas (2 de abril).
Perspectiva otimista é retorno às aulas presenciais em maio
O Ministério da Saúde já informou que o Brasil ainda não atingiu o pico do coronavírus, o que deve acontecer nos meses de abril, maio e junho. Diante do cenário de incertezas, a Secretaria de Educação de Joinville também não consegue fazer uma previsão exata de quando as aulas presenciais deverão ser retomadas.
Esse retorno não depende apenas do município. O Governo do Estado pode publicar novo decreto determinando retorno das aulas ou a prorrogação da suspensão, por exemplo. Segundo a secretária Sônia Fachini, é necessário acompanhar a evolução da situação porque tudo vai depender do isolamento social para que o retorno das aulas aconteça o mais rápido possível.
– Acredito que depois dos 15 dias iniciais de recesso, a gente tenha uns 45 dias de trabalho não presencial. Essa é a perspectiva mais otimista – afirma.
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Considerando os 15 dias de recesso e os 45 dias de aulas não presenciais, essa perspectiva otimista da secretária de educação seria de um retorno das aulas normais a partir da segunda metade de maio. No entanto, Sônia acredita que o ano letivo com as 800 horas de aula será concluído em 2020.
– A gente não vislumbra a perda do ano letivo estendendo para 2021. A perspectiva é que consigamos atender os horários neste ano, mas são dados de hoje. A medida que o cenário vai se desenhando, nós vamos avaliando também – explica.