Joinville desfila para lembrar dia da Independência do Brasil

Cento e noventa e dois anos. Essa é a idade da Independência do Brasil, relembrada por famílias de joinvilenses na manhã deste domingo. Assim como no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, civis e militares cultuaram um Brasil independente ao lado Cachoeira, em Joinville. Pairava entre as centenas de pessoas reunidas na avenida Beira Rio um cheiro de pipoca doce e espetinho misturado aos sons de sirenes, bandas e do helicóptero Águia em voos rasantes, durante a passagem da Polícia Militar (PM).

Sete de setembro é dia de reunir todos os poderes da cidade. O exército foi o primeiro a desfilar seguindo a cadência de sua própria banda. O som da banda do 62º Batalhão de Infantaria também ritmou a passagem da PM, seguida pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville e pela Polícia Civil. A família de Tatiana e Rui Olm presenciou a passagem de viaturas do exército robustas, de cinco toneladas, que só veriam em cenas de guerra.

– Queremos mostrar para eles o quanto é importante a questão da pátria, para que eles tenham essa noção de valor – disse Tatiana sobre a presença dos filhos Lara, de 3 anos, e Ian, que está com 1 ano e 8 meses, no desfile.

Pais e filhos trajavam a bandeira brasileira.

– São as cores da nossa pátria – comentou ela, que completou – temos que vir aqui realmente e passar para eles os valores das coisas.

– Esses vínculos são muito importantes – concluiu Rui.

Quem também carregou os tons da pátria foi o bombeiro com 19 anos de serviço a Joinville, Alessandro Sombrio. Vindo de um plantão noturno com sete ocorrências atendidas, incluindo um capotamento no Bairro Iririú, Sombrio abrilhantou o desfile com sua animação.

– Amo isso! – declarou-se.

Desde quando serviu ao exército, o bombeiro desfilava. Foram quatro anos como militar. Sombrio participou da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em Angola, na África, representando Santa Catarina com o 62º BI. A missão de Alessandro, reconhecido pelos colegas como “patrimônio do corpo de bombeiros”, era abrir os caminhos do desfile, carregando a bandeira do Brasil.

Vinte e duas escolas municipais desfilaram, seguidas pelo pelotão da Unisociesc, da Univille, do Samu, da Sociedade do Corpo de Bombeiros Voluntários e da cavalaria da PM, que encerrou a rememoração do 7 de setembro na cidade.