Em atualização divulgada nesta semana pela Secretaria da Saúde, Joinville soma 8.649 casos de dengue desde o início do ano. Foram 3.415 descartados, e 221 em investigação que aguardam resultado. Das 12.285 notificações desde o início de 2020, segundo a Secretaria, 12.064 estão encerrados. A cidade não registrou nenhuma morte por conta da doença neste ano.
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Atualmente, o combate à dengue em Joinville custa cerca de R$ 3 milhões anuais para Prefeitura de Joinville. Este valor cobre, principalmente, a Folha de pagamento dos servidores deslocados para este trabalho. O número de agentes de saúde que dividem-se pela cidade para realizar a fiscalização e orientação de casa em casa foi ampliado para 90 pessoas.
Os agentes comunitários de saúde também começaram a colaborar neste trabalho e, depois, fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura foram engajados na atividade.
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Os caminhões e retroescavadeiras da Secretaria da Infraestrutura e das subprefeituras também passaram a ser deslocadas das obras aos quais destinam-se para ajudar a retirar o lixo jogado em terrenos baldios.
Por fim, a Guarda Municipal, os agentes de trânsito e soldados do 62º Batalhão de Infantaria foram acionados para garantir a segurança dos agentes que, por muitos anos, eram proibidos de entrar em alguns imóveis para verificar a situação.
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— Temos focos em bairros com moradores em situação de vulnerabilidade social, mas também em mansões abandonadas, com piscinas que viraram verdadeiros criadouros do Aedes aegypti. Agora, imagine o impacto que é deslocar tantas pessoas para um trabalho que poderia ser resolvido pelos moradores — lamenta Henrique Deckmann, gerente da Vigilância Ambiental de Joinville
João Fuck, da Dive, reforça a necessidade de campanhas de conscientização da população, com a responsabilização de cada um “pelo próprio quintal”. Mas destaca que este não é um trabalho apenas da comunidade ou da área da saúde.
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— Nosso cenário mudou, mas isso não vem acompanhado de uma ação da população. Parece que o problema ainda não está aqui. Mas também precisamos de envolvimento intersetorial e envolvimento de outras áreas, como Educação e Infraestrutura. Se não temos condições básicas de saneamento básico, isso gera condições para o mosquito continuar se desenvolvendo — analisa.