Joinville confirmou o primeiro caso de dengue autóctone, ou seja, contraído dentro da cidade. A confirmação acende um alerta para a doença na cidade, já que há três anos não havia casos confirmados que foram adquiridos dentro do município. Dados da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde demonstram que, até a manhã desta segunda-feira (25), foram registrados 444 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
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— Já começou a transmissão dentro da cidade, o que é bem preocupante. Principalmente porque agora os casos não são mais exclusivamente importados de outros estados — alerta Nicoli dos Anjos, coordenadora da Vigilância Ambiental da cidade.
O homem, de 48 anos, contaminado com a doença procurou a Secretaria de Saúde e confirmou não ter saído da cidade. Ele mora no bairro Saguaçu e trabalha no Jardim Sofia – considerada uma das regiões infestadas com focos do mosquito, com dez registros. A equipe da vigilância vai realizar a aplicação de larvicida no local de trabalho do paciente.
Bairros infestados
Além do local, outros bairros também são considerados infestados, como o Boa Vista (89), Fátima (46), Bucarein (36) e Jarivatuba (49). Com os focos registrados neste ano, Joinville tem aumento de 311% em relação ao mesmo período do ano passado.
A cidade ultrapassou a metade do número de focos identificados durante todo o ano passado. Em 2018 não foi registrado nenhum caso de contaminação autóctone, somente cinco casos importados em 2018.
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Vigilância pede atenção
O Serviço de Vigilância Ambiental emitiu um alerta para as unidades de saúde ficarem atentas a possíveis novos casos com sintomas de febre, dor atrás dos olhos e dor muscular intensa.
— Pedimos que moradores que mantenham o pátio limpo e livre de recipientes que possam acumular água — ressalta Nicoli.
Além da dengue, o Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, febre chikungunya, febre amarelo e zika vírus. Ele se reproduz em locais com água parada e vive próximo, ou dentro, de ambientes domésticos e de trabalho.
Prevenção é melhor recurso contra a doença
Segundo a coordenadora da vigilância, a prevenção é o melhor recurso para evitar que a doença se espalhe pela cidade. O órgão solicita atenção aos moradores para recipientes que possam acumular água no quintal de casa – principalmente nesta época de chuva e calor – assim como a limpeza de piscinas, potes de plantas e para rações dos animais domésticos e caixas d’água.
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— Evitar qualquer tipo de entulho que possa ter jogado no terreno, qualquer fresta que acumule água o vetor pode se proliferar — esclarece.
O serviço de vigilância ambiental vem intensificado as ações para combater os focos no município, com vistorias pelos bairros. Além disto, também há cerca de 1.500 armadilhas espalhadas pela cidade que capturam as larvas para identificação se são vetores positivos da doença. Caso exista a confirmação, ao órgão começa as visitas nas casas nos arredores do foco. Nicoli ainda salienta a responsabilidade de cada morador em ajudar neste combate.
— Se cada morador também se realizar uma inspeção, uma vez por semana, no terreno número de focos deve diminuir. Isto ajudaria bastante — menciona a coordenadora.
O serviço de vigilância faz a orientação aos moradores a acompanha se há vetores no terreno. Caso o morador não fizer as melhorias orientadas durante a inspeção, ele pode ser notificado e multado. O valor varia de 2 a 10 UPM (Unidade Padrão Municipal).
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Órgão solicita atenção
O Serviço de Vigilância Ambiental emitiu um alerta para as unidades de saúde ficarem atentas a possíveis novos casos com sintomas de febre, dor atrás dos olhos e dor muscular intensa.
— Pedimos que moradores que mantenham o pátio limpo e livre de recipientes que possam acumular água — ressalta Nicoli.
Além da dengue, o Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, febre chikungunya, febre amarelo e zika vírus. Ele se reproduz em locais com água parada e vive próximo, ou dentro, de ambientes domésticos e de trabalho.
Confira dicas de prevenção:
— Evite usar pratos nos vasos de plantas; se usar, coloque espuma em volta do pratinho;
— Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
— Mantenha lixeiras tampadas;
— Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas-d’água, lembrando de vedar inclusive o “ladrão” com uma tela de proteção;
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— Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
— Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
— Mantenha ralos fechados e desentupidos;
— Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
— Retire a água acumulada em lajes;