Joinville, com justiça

Não há o que retocar no título conquistado pelo Joinville. Foi uma conquista limpa, obtida no campo de jogo, sem tapetão, com muito futebol, um técnico seguro do que faz, jogadores certos, utilizados nos momentos ideais, enfim, um bicampeonato sem mácula. No outro lado, ficou a certeza de que, se mantiver a base do campeonato, o Criciúma fará boa campanha na Série B do Campeonato Brasileiro e será um dos candidatos ao título no próximo Estadual. Frutificou o trabalho no time do Sul. Arbitragem perfeita Márcio Rezende de Freitas deu um show de arbitragem no Campeonato Catarinense e coroou sua participação com uma final irretocável, um pênalti muito bem marcado e a certeza de que ele só veio contribuir para a melhoria do nível de nossa arbitragem. Festa bonita Joinville e Criciúma protagonizaram um jogo limpo. Numa final de campeonato nem sempre é possível. O mesmo vale dizer para as torcidas. A do Joinville foi respeitada em Criciúma. Pôde festejar no estádio. E a torcida do Tigre, educadamente, aplaudiu. Positivo A presença marcante do técnico Artur Neto, que retornou ao clube e trouxe o Joinville de volta à briga num mau momento, reorganizou a equipe e foi decisivo na conquista do bicampeonato. Permanecerá no Joinville? Negativo Alguns fatores, como o fraco desempenho da dupla da Capital – do Avaí na primeira fase e do Figueira no quadrangular. A queda da Chapecoense também foi lamentável. E a violência de torcida é outro fator a ser repensado. Futebol empresa O Figueirense mudou. Não é mais aquele velho time de futebol que viveu por anos apenas das rendas dos jogos. Hoje, adaptado aos novos e modernos tempos, o Figueirense se estruturou de tal forma que futebol/empresa no clube é irreversível, faltando apenas o futebol em campo acompanhar a organização do clube. O torcedor vai conhecer de perto seu novo Figueirense na programação dos 80 anos do clube, dia 12 de junho. Segunda etapa O projeto administrativo organizacional do Figueirense está entrando em sua segunda fase. Segundo o presidente Paulo Prisco Paraíso, esta nova etapa envolve, inclusive, uma parceria com uma rede bancária para colocar à disposição dos sócios alvinegros uma conta poupança que proporcionará ao usuário depositar qualquer quantia a partir de R$ 5. O contrato ainda não foi assinado. Calma, senador Geraldo Althoff, um dos nossos homens em Brasília, liga para convidar o colunista para um fórum de debate sobre o esporte brasileiro, dia 25, em Porto Alegre. Quer saber um pouco mais sobre o maior evento poliesportivo de Santa Catarina, os Jogos Abertos. Surpresa No dia seguinte ao convite, leio em Zero Hora que estarei em Porto Alegre, juntamente com o professor Ruy Carlos Ostermann, Paulo Roberto Falcão e o jurista Marcílio Krieger, depondo na CPI do Futebol. Eu hein? Diria o Ministro da Justiça dos tempos do regime duro, Armando Falcão: “Nada a declarar”.