Joinville atingiu o menor número de casos ativos da Covid-19 dos últimos seis meses, segundo dados do governo do estado. Nesta quinta-feira (16), há 697 pessoas infectadas com a doença. O número é 91,5% mais baixo do que o registrado em 13 de março, quando, com 8.214 casos, a cidade atingiu a maior quantidade de infecções pelo vírus desde o início da pandemia.
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Desde segunda-feira (13), pela primeira vez no ano, a cidade registrou menos de mil casos ativos. Para o secretário da Saúde, Jean Rodrigues da Silva, este momento de queda está relacionado com as mudanças de critérios no isolamento domiciliar impostas pelo município para conter o contágio da variante Delta.
– Os casos aumentaram justamente pela circulação da nova variante. Por isso, mexemos na nota técnica, alterando para que pessoas com sintomas gripais, mesmo com resultado negativo, ficassem isoladas. Só através do isolamento que conseguimos conter a transmissibilidade – afirma o secretário.
O declínio segue também em toda região Nordeste, da qual Joinville faz parte no painel estadual. Atualmente, há 933 pessoas infectadas pelo vírus, uma média de 90 casos a cada 100 mil habitantes. O município com mais casos ativos, depois de Joinville, é Jaraguá do Sul, com 50 positivados. João do Itaperiú, por sua vez, não possui nenhum caso. Já Corupá está com apenas quatro.
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Em todo estado de Santa Catarina, há 5,5 mil pessoas que ainda transmitem o vírus. O dado também representa queda, já que é o menor desde julho de 2020. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), ao menos 51 cidades não têm casos ativos no momento.
Cuidados continuam
Apesar da redução no número de casos, Joinville ainda é a cidade do estado com o maior números de casos ativos. Lauro Mattei, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) alerta que os números ainda são altos e que os cuidados devem permanecer os mesmos para que a diminuição permaneça.
Para ele, a utilização de máscaras de proteção e outros cuidados sanitários são importantes, mas não suficientes. Além disso, Joinville e região permanecem em estado gravíssimo na matriz de risco.
– Precisamos evitar o vetor, que é aquele que o vírus mais adora, que são as aglomerações sociais, as festas clandestinas, baladas. Tudo que possa transmitir o vírus – afirma.
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O especialista também aponta que nenhuma medida é mais eficaz do que a vacinação em massa. Em Joinville, mais de 400 mil moradores já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 200 mil já completaram a imunização. No entanto, outras 12 mil pessoas não compareceram para a segunda dose.
– O que nós estamos vendo no município é que tem uma alta vacinação da primeira dose e uma defasagem muito grande da segunda [dose], isso significa que parte da população do município não está imunizada. É comprovado que uma dose só não imuniza, tanto é assim que já está sendo feito o reforço da terceira dose – sinaliza.
Vacinação em adolescentes
Com as aulas em Joinville retornando de maneira definitiva ao modelo presencial na próxima semana, a prefeitura de Joinville tem disponibilizado novos horários de vacinação aos adolescentes de 12 a 17 anos. Na última quarta-feira (15), foram liberados 8,5 mil horários para o agendamento.
Para o professor e especialista em doenças infecciosas Oscar Bruna Romero, a medida se faz necessária para o controle de contaminação e redução dos casos entre o público mais jovem.
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– Por respeito aos colegas da turma que podem ter comorbidade, por respeito à família que ainda pode se contagiar por culpa deles, por vários motivos, é muito recomendável pedir aos adolescentes ainda quando estão com boa saúde que se vacinem.
*Com informações de NSC TV
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