O engenheiro civil Alysson Valenza, 37 anos, tomou a primeira dose da vacina contra hepatite B, doença que causa inflamação do fígado, na manhã deste sábado, em Joinville. Ele e a esposa também fizeram os testes rápidos para detectar a hepatite B e C na Unidade Sanitária de Doenças Infectocontagiosas, localizada na rua Abdon Batista, 172, no Centro.

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– Deu tudo certo, os testes tiveram resultado negativo. Nós ficamos sabendo da campanha através de propagandas e aproveitamos para tomar a vacina – conta Valenza.

O dia D contra a doença, que ocorreu em todo o Estado na manhã deste sábado, tem justamente o objetivo de chamar a atenção da população para a importância da vacinação contra a hepatite B e alertar sobre os riscos que ela pode causar. Em Joinville, todas as unidades de saúde ofereceram doses da vacina, das 8h ao meio-dia. Mas, o ambulatório da região central foi único que disponibilizou os testes.

A vacina contra a hepatite B é gratuita e continuará sendo aplicada gratuitamente nos postos de saúde durante a semana. O público-alvo da campanha são as pessoas com idade entre zero e 49 anos. Atualmente, apenas 28% da população nessa faixa-etária está imunizada contra o vírus, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

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– Nos últimos anos, o maior número de diagnósticos de hepatite B foi detectado em pessoas com idade entre 20 e 49 anos. Apesar da faixa-etária de vacinação ter sido ampliada há três anos, cerca de 220 mil joinvilenses ainda precisam tomar as três doses da vacina – relata a enfermeira responsável pelo setor de imunização, Maria Goreti de Lara Cardoso.

A vacina contra a hepatite B é dividida em três etapas. A segunda a terceira dose devem realizadas com intervalo de 30 e 180 dias, respectivamente. Maria Gorete ressalta que a pessoa só estará protegida contra o vírus depois que cumprir essas etapas.

Além das pessoas com idade até 49 anos, os principais grupos de riscos para os vírus B e C estão relacionados a quem recebeu transfusão de sangue, intervenção cirúrgica, tatuagem, piercing, manicure, internações, profissionais da saúde, usuários de drogas, contato sexual com portador de vírus da hepatite e portadores múltiplos (hereditários).

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O problema é que a doença é silenciosa e pode demorar para manifestar os primeiros sintomas, como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Nesses casos, a orientação é procurar um médico ou os postos de saúde mais próximos.

A coordenadora da Unidade Sanitária, Cristina Kortmann, ressalta que a hepatite B tem cura, quando o diagnóstico precoce é realizado, e que há tratamento para doença, mesmo em estágio crônico.

– O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, pois a hepatite B é silenciosa e costuma demorar para dar sinais – destaca Cristina.

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