Bem resolvida, casada há 20 anos e mãe de quatro filhos, a joinvilense Carmen Lúcia da Silva Barcarolo, 38 anos, que hoje mora em Campo Bom (RS), guarda em seu coração um único desejo: conhecer o pai biológico.
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Nem sempre sua vida foi tranquila. Nascida em Joinville, teve uma infância conturbada, pois morou com três famílias diferentes. Sua mãe, Marlene dos Santos da Silva, 61, a deixou ainda bebê para tentar a vida no Rio Grande do Sul. Carmen foi criada pelos patrões da mãe que a batizaram e tiveram muito apreço por ela.
Quando a filha completou três anos, Marlene voltou a Joinville para buscá-la. Posteriormente, Carmen morou com tios em uma cidade no interior gaúcho e só na adolescência voltou a viver com a mãe, em Novo Amburgo (RS).
– Ela ficou lá (Joinville) por um tempo até que eu me reestabeleci, casei e fui buscá-la -, contou.
Marlene engravidou jovem, aos 23 anos, de um namorado da época.
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– Nós éramos felizes, mas quando ele descobriu que eu estava grávida me deixou.
Ela não guardou fotos do namorado que na época considerou não ter o direito de conhecer a filha. Hoje, depois de 38 anos, apoia a decisão de Carmen de tentar encontrar o pai. Infelizmente, Marlene não manteve contato com o ex. Apenas recorda que ele trabalhava de mecânico e morava no bairro Iririú.
Carmen entende as decisões da mãe e sempre teve curiosidade de conhecer o pai biológico. Só não tomou a iniciativa de procurá-lo anteriormente porque não queria magoar o padrasto – que a criou com muito carinho.
Como eles se separaram há algum tempo, ela então decidiu iniciar a busca. Antes de tomar a decisão, consultou o padrasto que reagiu positivamente.
– Sou feliz com a minha família, mas ficaria completa se conhecesse meu pai. Não quero nada dele além de conhecê-lo, abraçá-lo e ver se me identifico com ele -, contou emocionada.
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Carmen trabalha como cabeleireira e tem quatro filhos: um de 15, um de 14, um de seis e um de cinco anos.