Ainda que as imagens sejam alegres e coloridas, não se engane, pois tratam de um assunto preocupante: a destruição do meio ambiente.
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Um grito de socorro, um pedido de ajuda. É assim que o artista plástico autodidata Paulo Lindner caracteriza seu projeto Cacos da Mata, cuja proposta é chamar a atenção, principalmente, para a importância das florestas.
O joinvilense já levou suas pinturas à Alemanha, à França, à Itália e a várias cidades brasileiras. Agora é a vez do Vaticano. Entre 20 e 30 de novembro, 42 obras inéditas do projeto ficarão expostas na Galleria La Pigna, sob a curadoria de Carlo Marraffa.
Para viabilizar a ida do artista à mostra, ele colocou à venda 12 desses quadros. Os compradores receberão as telas e o catálogo da exposição em 8 de dezembro, quando Paulo retorna ao Brasil. Quem tiver interesse, pode entrar em contato com ele pelo Facebook.
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– A minha maior dificuldade é a falta de apoio. Até o momento, não consegui firmar nenhuma parceria com o empresariado local, e uma exposição como esta envolve uma série de gastos que acabam tendo que ser absorvidos pelo artista – explica.
Após dez meses ininterruptos, trabalhando entre 12 e 14 horas por dia, Paulo finalizou nesta semana o último quadro. O processo de produção começa com a lavagem e o recorte das lonas de caminhão usadas. Em seguida, o artista delimita as áreas do quadro, pintando-as com uma mistura de massa corrida, tinta acrílica branca e cola branca.
Após a secagem, Paulo faz o desenho a lápis e inicia a pintura com tinta acrílica. Na etapa posterior, a obra recebe o acabamento com contornos bem finos, geralmente, com tinta preta.
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O ex-empresário da construção civil acredita que sua inspiração tem um quê divino, através da crença de que a defesa das florestas é sua missão de vida.
– As florestas nos fornecem o ar puro, a água, a beleza cênica, a fertilização dos solos, o controle das cheias e dos processos erosivos, enfim, elas são de vital importância para a humanidade. No entanto, com o atual modelo de desenvolvimento, elas são as primeiras vítimas do crescimento desordenado das nossas cidades e outros processos econômicos.