Um dos bailarinos prodígios formado pelo Bolshoi de Joinville, Jovani Furlan, vai retornar aos Estados Unidos depois de 14 meses de espera no Brasil. O joinvilense se mudou para a América do Norte em 2010, onde consolidou sua carreira enquanto solista do prestigiado New York City Ballet.
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Em 2020, Jovani precisou retornar ao Brasil, no período coincidente com o início da pandemia do coronavírus no país, para resolver algumas documentações. No entanto, ele não conseguiu mais autorização para voltar ao país norte-americano.
– Foi uma bênção escondida porque, se eu estivesse lá, eu estaria o tempo todo em casa. Aqui, tive a oportunidade de trabalhar em outros projetos – confessa.
Dentre esses projetos, o bailarino teve participação em “Girl from Rio”, o clipe da cantora Anitta que, antes mesmo do lançamento já estava fazendo sucesso nas redes sociais. Além disso, participou de um projeto americano com a coreógrafa brasileira Cassi Abranches e o diretor americano Jacob Jonas.
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– Ela coreografou o balé, tudo feito pelo zoom. No encontramos em São Paulo depois. O objetivo do diretor, depois de gravar em todos os continentes, foi mostrar a dança sendo representada em todos os lugares – detalha.
Durante a estadia em Joinville, Jovani também apresentou espetáculos online no teatro Juarez Machado. Ele destaca a importância da arte em meio ao momento difícil da pandemia.
– Estar envolvido com a arte, que é não só o que faço, mas também o que sou. Principalmente neste momento tão difícil para todo mundo. Para os artistas, a gente teve que se desprender de algo que é o que a gente é – considera.
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Como se fosse a primeira vez
Com passagem comprada para embarcar na próxima segunda-feira (12), Jovani deve aterrissar em solo americano na terça-feira (13), mesma data em que vai ser imunizado contra a Covid-19. O sentimento ainda é de muita alegria.
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– Mas sei que era para ser assim. O sentimento é de felicidade e a cabeça está no momento presente, nos projetos – acrescenta.
Jovani também conta que vai precisar relembrar a despedida da família, assim como fez há mais de dez anos.
– É como se fosse a primeira vez, a primeira despedida, dez anos atrás – pontua.
Nos Estados Unidos, além dos projetos de continuidade no New York City Ballet e o início de uma iniciativa pessoal de empreendedorismo sobre a qual ele se dedicou durante a pandemia, quem o espera com o coração apertado é o seu namorado, Hippolyte Petit, com quem Jovani mantém o relacionamento há um ano e meio.
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– Ficamos um ano inteiro distantes e só nos vimos duas vezes nesse período, quando viajei ao México e Costa Rica para ver ele – lembra.
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