As malas estão prontas em uma casa do bairro Anita Garibaldi e as expectativas de um jovem joinvilense estão altas: esta sexta-feira, 31 de maio, pode ser o primeiro dia de uma carreira de sucesso para Victor Hugo Bosse Kühn, 19 anos. Ele embarca para Los Angeles, nos Estados Unidos, para gravar seu primeiro clipe, lançar a segunda música de trabalho e fazer contato com empresários e produtores no país que tem poder de influência em todo o mercado fonográfico.
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O jovem, que assumiu o nome artístico Vthor, deixa temporariamente o quarto onde começou sua produção, em um processo que nasceu de uma descoberta quase ao acaso, há apenas sete anos, de seu talento para cantar. Ele tinha 12 anos quando precisou fazer a primeira composição musical e interpretá-la para um trabalho da escola.
— Era uma paródia a partir do conteúdo da aula que gravamos no estúdio dos pais do meu colega. Ele me chamou para formar uma banda e fui tomando gosto. Comecei a tocar violão e piano e, por um tempo, fiz parte dessa banda, até começar a carreira solo — recorda ele.
No início deste mês, Vthor lançou seu primeiro álbum com 12 canções autorais, todas em inglês e em estilo pop, com ritmos dançantes e românticos. Por isso a escolha de investir o início da carreira em território americano, para onde ele vai de forma independente.
— Sempre compus em inglês por sentir essa presença mais forte das influências que eu tinha e do que combinava com o estilo. Até tentei escrever em português, transformar as músicas, mas não ficava legal — conta.
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Ao chegar nos Estados Unidos, ele participa da gravação do clipe da música Illusion, seu primeiro single, e lança Personality. Durante um mês, ele realiza uma maratona para promover estes lançamentos, realizar apresentações e divulgar seu trabalho.
Artista completo e independente
Em abril, Vthor viveu a primeira grande conquista da carreira: participou de uma seleção nacional que levou 12 artistas para passar um dia com o produtor musical Rick Bonadio no Midas Estúdio. O produtor ficou conhecido por ter “descoberto” e alçado à fama grupos como os Mamonas Assassinas e Charlie Brown Jr. nos anos 1990 e, mais recentemente, artistas como Vitor Kley e Kell Smith.
— Rick conversou com a gente sobre a carreira musical. Falou de conceito artístico a marketing e produção de shows, alguns assuntos que muita gente nem pensa que devem ser de conhecimento do artista, mas que são fundamentais — comentou o cantor.
Apesar da juventude, Vthor tinha noção de boa parte dos temas sobre o qual foi aconselhado pelo produtor e, inclusive, foi elogiado por ter o perfil da nova geração de artistas. Além de cantar, o joinvilense compôs todas as músicas de seu álbum e as produziu.
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— Muitos artistas acham que depois de encontrar uma gravadora, é ela que vai garantir seu sucesso. Ele acha que eu estou à frente por não ser apenas um intérprete, mas participar de todas as etapas do processo — conta.