Tamiris de Liz não conseguiu uma medalha nesta quinta-feira, na disputa da final dos 100 metros rasos no Campeonato Mundial de Atletismo da Juventude, em Lille, na França. Mesmo assim, a atleta joinvilense encontrou um bom motivo para comemorar: conseguiu o melhor tempo de sua carreira, com 11s73. Agora, ela é a sexta mais rápida do mundo em sua categoria.
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Como Tamiris previa antes da competição, as americanas e jamaicanas levaram a melhor. O título da prova ficou com a norte-americana Jennifer Madu, que obteve a marca de 11,57s. Myasia Jacobs (11,61s), dos Estados Unidos, e Christania Williams (11,63), da Jamaica, completaram o pódio. Dentre as oito atletas que se classificaram para as finais, a joinvilense de 15 anos era a mais nova.
A velocista superou as próprias expectativas e conseguiu atingir o objetivo a que se propôs. Antes de embarcar, ela acreditava que ficaria apenas entre os 16 melhores tempos e afirmou que sua meta era melhorar a própria marca – que era de 11s80.
Para a técnica da atleta, Margit Weise, que também está na França como uma das treinadoras convocadas pela Confederação Brasileira de Atletismo, o resultado não chegou a ser uma surpresa. Na verdade, ela acredita que o tempo poderia ter sido ainda melhor se Tamiris não tivesse se lesionado, há um mês e meio.
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– Ela voltou a treinar há apenas três semanas e vinha numa evolução incrível. Se não fosse essa pausa nos treinos, acredito que ela teria ficado com uma medalha -, afirmou.
A garota ainda tem chance de ficar com medalhas em duas provas: nos 200 metros rasos e no revezamento medley. A disputa dos 200 metros começa nesta sexta-feira, mas a missão tende a ser ainda mais complicada.
– Como ela ficou um tempo parada, acabou com a resistência um pouco prejudicada -, explicou Margit.
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Nesta fase da disputa, as atletas estão divididas em sete baterias. Avançam às semifinais as três melhores colocadas de cada chave, além das três atletas com os melhores tempos.
Na quinta-feira, o Brasil conseguiu uma medalha de bronze no Mundial da Juventude. O paulistano Felipe dos Santos, de 16 anos, ficou com o bronze no octatlo – conjunto de oito provas.