Qual a diferença entre um gamer e um “ciberatleta”, aquele que vive de e-sports? Bom, para os iniciados, parece simples. Mas para quem não joga – e não está entre os adeptos de games como LoL, Dota, CS:GO e até mesmo os populares Fifa e PES – é difícil enxergar. A reportagem foi a campo e conversou com Henrique Rigotti Sabedra, joinvilense de 21 anos que estuda Engenharia Mecânica na Udesc e, nas horas vagas, participa de competições de Fifa.

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Rigotti conta que começou no mundo dos games com 6 anos (com a supervisão dos pais, reforça) e, aos 9, já se dedicava bastante ao futebol virtual. Apesar de ainda não se considerar profissional, ele esteve recentemente no Jubs eSports, a maior competição universitária de eSports do Brasil, representando a Udesc Joinville.

“Curso engenharia em tempo integral e também faço parte de um projeto de extensão (BAJA), então jogo mais como um hobby mesmo. No caso específico do Fifa tenho muito contato com diversos jogadores profissionais e que conseguem renda através do jogo ou de sua visibilidade em canais de streaming como Twitch, Facebook e YouTube. Existem diversas possibilidades e hoje em dia no cenário são vários os que conseguem viver de uma dedicação quase que exclusiva ao esporte virtual e seus produtos”, explica.

E, voltando aos pais, é sempre tenso ver que os filhos estão dedicando muitas horas ao joguinho. Mas, para Rigotti, isso nunca foi um problema. “Sempre recebi muito apoio para seguir em frente em todos os campeonatos que disputei. Acredito que meus familiares veem com bons olhos e também como uma oportunidade de conhecer lugares e pessoas diferentes, o que também é muito importante”, explicou.

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Mas, afinal, qual a diferença entre um ciberatleta e um gamer, um jogador? Para Rigotti, além da dedicação exclusiva, o profissionalismo é crucial. “Tem a preparação financeira, material e psicológica, além de várias horas de treino dedicadas a evolução daquele e-atleta. Já em um ‘jogador casual’, fica voltado aqueles que tem um interesse de diversão, hobby ou passatempo com os jogos”.

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E para quem quer se tornar um profissional dos games, o segredo é simples: usar a internet a seu favor. “A dica que eu daria é utilizar as conexões que o mundo globalizado permite. Existem comunidades com milhões de jogadores dedicados a cada modalidade separadamente, além de canais de transmissão (como Twitch, Facebook, YouTube, entre outros) onde você tem acesso gratuito a eventos competitivos e também aos principais nomes de destaque do cenário”, diz Rigotti.

Então, em resumo, apesar de ser “virtual”, é preciso características extremamente humanas: socialização e comunicação. E, claro, dedicação, compromisso, e treino. Afinal, o fato de ser E (de eletrônico) não invalida o fato de que é sim um esporte.

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