Bruna Pinheiro, 15 anos, era uma estudante comum de 9º ano do ensino fundamental. No dia a dia, era uma aluna acima da média, que se dedicava em todas as disciplinas. Mas o gosto pela leitura fez com que se destacasse na produção de textos e fosse aposta certa na Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”.

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Este ano, ela deixará a escola Padre Valente Simioni, no Iririú, com a marca de ter conseguido ser semifinalista e com grandes chances de trazer o ouro para Joinville em uma competição nacional.

Se no começo de novembro, o destino da adolescente foi Natal, para a semifinal, no próximo domingo ela embarcará para Brasília, acompanhada da mãe Cristiane Bucco, da professora Dione Eller e da diretora do colégio, Maria Zenir Niehues.

Nas malas vão a ansiedade e o sonho de estar no primeiro lugar em todo o Brasil. Andar de avião foi a primeira das surpresas e novidades que Bruna conseguiu ao participar da olimpíada.

Ainda na semifinal, teve oportunidade de fazer oficinas, reescrever a crônica, que chegou até a última fase da seleção, e produzir mais textos. Também passeou, capturou fotos e fez amigos. Até a professora Dione conseguiu se superar.

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Com medo de altura, vai subir no avião para ver se concretizar o trabalho que tem feito em sala de aula nos últimos anos. Bruna se forma na próxima sexta-feira e deixa o ensino fundamental com um gostinho de saudade para professores e alunos.

Se as expectativas se confirmarem, a adolescente terá sua marca registrada na escola quando chegarem dez computadores, uma impressora, um projetor multimídia, um telão para projeção e livros, que a unidade recebe por ter colaborado com um aluno campeão. Já a vencedora, leva um notebook e uma impressora e a professora também.

A Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro” recebeu quase 3 milhões de inscrições de todo o Brasil em quatro categorias: crônica, memória, artigo de opinião e poesia. Destes, 500 foram para a semifinal, inclusive 125 da crônica, em que Bruna está participando.

Neste ano, a Escola Padre Valente Simioni optou apenas por trabalhar com os alunos para a competição na categoria crônica. Quatro turmas de 9º anos participaram. A professora Dione chegou na sala de aula com a provocação e os adolescentes aceitaram. Relembraram conteúdos sobre o gênero literário e depois começaram a produzir. O resultado veio positivo para Bruna.

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– Foi uma surpresa. Nunca tinha participado de um projeto assim – comentou.

Tanto professora quanto diretora acreditam que o resultado, independente de ser ouro o prata, trará impactos para a escola. Incentivará outros alunos a participarem e a se dedicarem mais na língua portuguesa e literatura para estarem afiados para a próxima edição.

Já Bruna, leitora voraz de Clarice Lispector, Rubem Braga e Nicholas Sparks, pensa para o futuro se dedicar às letras. Não sabe ainda se irá optar no vestibular para língua portuguesa ou até jornalismo. Mas terá ainda três anos de ensino médio para decidir.