Os Estados Unidos estão comprometidos em apoiar o Iraque em sua luta contra militantes sunitas que se apoderaram de uma faixa do norte do país, comunicou no sábado o secretário de Estado John Kerry ao seu colega iraquiano.
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O presidente Barack Obama disse que estava “buscando todas as opções” para deter a ofensiva que permitiu aos sunitas chegar a 80 km dos limites da cidade de Bagdá, mas descartou qualquer retorno de tropas dos Estados Unidos ao Iraque. Um grupo de porta-aviões dos Estados Unidos foi despachado às águas do Golfo.
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Durante uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari, Kerry ressaltou que Washington “está comprometido em apoiar o Iraque”, indicou um comunicado do Departamento de Estado.
– A ajuda dos Estados Unidos só será bem-sucedida se os líderes iraquianos estiverem dispostos a deixar de lado as divergências e aplicar um enfoque coordenado e eficaz para forjar a unidade nacional necessária para que o país enfrente a ameaça do EIIL (o Estado Islâmico do Iraque e do Levante) – acrescentou.
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Kerry convocou o governo iraquiano a ratificar imediatamente os resultados das eleições e a respeitar os direitos de todos os cidadãos, sem distinção de credos ou raças.
Papa Francisco demonstra preocupação com situação no país
O papa Francisco declarou neste domingo que acompanha com “muita preocupação os acontecimentos dos últimos dias no Iraque” ao discursar aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro do Vaticano.
– Acompanho com muita preocupação os acontecimentos dos últimos dias no Iraque. Eu convido a todos que se unam a minha oração pela querida nação iraquiana, sobretudo pelas vítimas – disse Francisco.
O pontífice insistiu em recordar os muitos cristãos que foram obrigados a deixar as próprias casas.
– Desejo para toda a população a segurança e a paz, um futuro de reconciliação e de justiça, onde todos os iraquianos, independente da crença religiosa, possam construir juntos a sua pátria – acrescentou.
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Domingo de atentados e mortes no Iraque
Pelo menos nove pessoas morreram e 23 ficaram feridas neste domingo em um atentado com bomba em Bagdá, indicaram fontes médicas e de segurança. Uma bomba explodiu em uma estrada, indicou um funcionário do ministério do Interior. Um coronel da polícia informou que a explosão inicial foi seguida por um atentado suicida.
Outras seis pessoas morreram neste domingo a nordeste de Bagdá em um ataque contra um centro de recrutamento de civis para lutar contra os jihadistas que lançaram uma grande ofensiva no Iraque, indicaram a polícia e um médico.
Três soldados figuram entre as vítimas do bombardeio ocorrido em Jales, a 5 km de Baquba, capital da província de Diyala, indicaram as fontes.
Diante do avanço dos jihadistas no norte do país, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, anunciou na quarta-feira que o governo armaria os civis dispostos a lutar contra a insurreição. Milhares de voluntários atenderam ao chamado.
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Também ao norte de Bagdá, ao menos seis combatentes curdos morreram e outros 20 ficaram feridos em um ataque aéreo do exército iraquiano contra um comboio de tropas curdas, indicaram um funcionário e um médico.
Até o momento não se sabe se o ataque, ocorrido durante a noite em Janaquin, 150 km a nordeste de Bagdá, era dirigido especificamente contra as tropas curdas ou se foi um erro. No sábado, a zona estava dividida entre regiões sob controle dos insurgentes e sob controle curdo.
* AFP