Logo no desembarque da delegação no Equador, um repórter da TV local perguntou secamente ao técnico Jorge Fossati sobre a insistência do presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga Acosta, em contratá-lo para a seleção:

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– Você vem treinar a seleção do Equador?

De pronto, o uruguaio Fossati rechaçou a ideia.

– Não, sem chances, estou muito bem no Inter e só penso no meu clube – disse ele, ilhado em microfones e cercado por teleobjetivas, como se fosse um futuro rei do Equador.

É com este cartaz que Fossati coloca o Inter em campo às 23h30min (horário de Brasília) no Estádio Olímpico Atahualpa para enfrentar o Deportivo Quito, na primeira partida fora de casa desta Libertadores. E com o desafio de enfrentar o ar rarefeito em 2,8 mil metros de altitude, a uma temperatura de 11°C.

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Não à toa Fossati é tratado como divindade no Equador. Treinou a LDU por três temporadas, com quem foi campeão da Copa Sul-Americana e da Recopa (em cima do Inter).

Sua aparição nos aeroportos de Guayaquil e de Quito mobilizou quase uma centena de jornalistas. Segundo Santiago Neumane, repórter do jornal El Universo, Fossati é tido no país como o homem que ensinou os equatorianos a marcar.

– Com ele, a LDU e a seleção do Equador aprenderam a primeiro se defender e depois atacar – contou Neumane.

Encerrado o treino no Estádio Atahualpa, em Quito, Jorge Fossati foi de novo o centro do interesse. Rodeado por cerca de 50 repórteres equatorianos, o assédio é a prova de que é uma grife no país. Atendeu a todos com educação, não deixando nenhuma pergunta sem resposta.

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– O Equador é a minha segunda casa. Tomara que um dia, daqui a muitos anos e títulos, Porto Alegre também possa ser uma espécie de segunda casa para mim – disse.

A má notícia da noite foi Bolívar. Ainda queixando-se de dores no joelho esquerdo, o zagueiro não conseguiu treinar, e dificilmente atuará. Juan deverá ser o titular.