Jogo duro

A falta de recursos tornou a Segunda Divisão limitada tecnicamente. As equipes são fracas, principalmente na Chave A. Mas quem ousou em disputar a competição, mesmo sem condições, está sujeito a críticas e nós não estamos aqui para agradar e muito menos perseguir ninguém. Mas também não podemos enganar o torcedor e precisamos analisar friamente a sofrível partida entre Atlético de Chapecó e Real. O time de Blumenau mostrou mais uma vez que tem dificuldades na saída de bola. Os volantes não conseguem dar um passe certo de quatro metros, os meias não criam e, conseqüentemente, os atacantes não tocam na bola. Para se ter uma noção, o time não deu um chute a gol no primeiro tempo. Na etapa final, o técnico Pires colocou em campo dois jogadores que não haviam treinado com o elenco e desarticulou de vez a equipe, que deixou de realizar a única função que às vezes funciona, a marcação. O Real só não foi goleado porque o adversário também era muito ruim. A situação continua cada vez mais delicada e a falta de estrutura se reflete no desempenho dos jogadores em campo. Blumenau não merece isso. Ou merece! Organização Embora não tenha um time dos sonhos, ao contrário, também têm lá suas limitações, pelo menos o Águia do Vale de Timbó está vencendo. Salários em dia, equipe bem armada taticamente pelo técnico Domingos Sávio e, como conseqüencia, a liderança da Chave A da Segundona. O destaque O joinvilense João Gustavo Assunção está imbatível nas provas de meia distância no Sul do país e não teve dificuldades para vencer a prova alternativa de cinco quilômetros da Maratona de Blumenau. É só investir Mais uma vez a Maratona de Blumenau mostrou que é um produto de qualidade e que, se for encarado desta maneira pelas autoridades e iniciativa privada, tem tudo para se tornar um grande evento turístico esportivo nacional, resultando em lucro para o município. Olho vivo Pelas beiradas: A cada partida o Camboriú vai ganhando entrosamento e, com a experiência dos jogadores e do técnico, tem chances de figurar entre os favoritos ao título da Segundona. Sufoco: Há quem diga que Brusque e Caxias fizeram ontem uma prévia da decisão da Segundona e, graças à frieza de Giovani na cobrança de um pênalti, o time da casa levou a melhor. Contraste: Há dois anos o Santa Catarina Clube estreava em um amistoso contra o Talleres, da Argentina, que está na Mercosul. Já o time blumenauense naufragou. Escalado: “Se me convidarem no ano que vem eu prometo bater o recorde”. Do queniano Willian Musyaki, campeão da Maratona de Blumenau.