Duas vitórias nos dois primeiros jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. A semelhança do Figueirense do ano passado para este, no entanto, para por aí. Na edição passada, a equipe vinha de um Campeonato Catarinense sofrível e por isso montou um time novo para a competição. Nesta, foi o campeão estadual da temporada e tem equipe embalada. São apenas algumas das diferenças que fazem com que o torcedor alvinegro vislumbre uma campanha contrária do que foi em 2017, que a luta seja no alto e não por baixo.

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Comando técnico

A vitória por 2 a 0 sobre o Goiás, no Serra Dourada, foi o 44º jogo do Figueirense comandado por Milton Cruz. O treinador assumiu na metade da Série B do ano passado e ganhou crédito para continuar na função até o fim de 2019. Diferente do ocorrido na temporada anterior. Na largada do Campeonato Brasileiro, Márcio Goiano era o segundo técnico no ano (substituto de Marquinhos Santos) e sob desconfiança por não ter feito a equipe render ainda no Catarinense.

Referências no elenco

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Os nomes identificados no Figueirense que iniciou a edição passada da Série B eram o lateral-direito Dudu e o zagueiro Bruno Alves, jovens e formados no clube. Jorge Henrique era um recém-chegado. O torcedor conhecia alguns dos jogadores, mas um ano depois, o alvinegro é capaz de escalar a equipe titular e ainda falar deste ou daquele atleta que no momento está na reserva. Jorge Henrique ganhou confiança e a tarja de capitão. O goleiro Denis (foto) resolveu a rotatividade na meta. E a lista de nomes só aumenta.

Entrosamento

Por mais que o técnico Milton Cruz reclame do calendário apertado, que obrigou uma pré-temporada curta e do pouco tempo para treinar no decorrer do estadual, o Figueirense chegou nesta Série B do Campeonato Brasileiro afinado. Bem diferente do começo da competição no ano passado, em que mais de 15 jogadores foram contratados e, à medida que chegavam, eram incorporados ao elenco e brigavam pela titularidade, com o então técnico Márcio Goiano conhecendo-os enquanto montava a escalação.

Atuações seguras

As vitórias sobre Goiás e Náutico nas duas primeiras rodadas do ano passado tiveram um futebol incontestável, mais que as duas vitórias nesta Série B. As duas do Figueirense atual não tiveram atuações tão ricas, mas convenceram da mesma forma. É que são embasadas nas anteriores. Na Copa do Brasil, por exemplo, o time caiu ante o Atlético-MG nas penalidades, depois de vencer com bom futebol no tempo normal e fora de casa. Bem diferente do ano passado, quando o Figueira foi eliminado na primeira fase para o Rio Branco, do Acre.

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Reflexo do Estadual

A competição anterior à Série B do Campeonato Brasileiro embasa. Antes da largada, o Figueirense foi vacilante no Catarinense. Lutou contra o rebaixamento por boa parte da competição e terminou na oitava colocação, um ponto a mais que o rebaixado Almirante Barroso. O torcedor que esqueceu o desempenho, porém, tem fresca na memória a conquista recente: o 18º título estadual e que embala a equipe nesta arrancada – a escalação-base é a mesma que venceu a Chapecoense na decisão.

Estabilidade política

Não apenas o futebol apresentado ou o comando técnico que mudaram. A administração também é diferente. A estrutura que emperrava aqui e ali por causa de atrasos nos pagamentos de salários agora tem outra forma de gestão. Na metade do ano, o Conselho Deliberativo aprovou a entrada de investidores que gerenciam o Figueirense no formato clube-empresa. Os resultados positivos em campo demonstram que a alteração trouxe reflexo positivo no futebol profissional.

Clima na virada

O clima de começo do ano era bem diferente entre 2017 e 2018. A temporada anterior começou com o Figueirense abatido e com a necessidade de reconstrução por causa do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, com um elenco a ser montado quase do zero. O Figueira atual foi arquitetado com ares de esperança pelo fato do time ter encerrado o ano com a missão cumprida, escapar do rebaixamento, e mantido jogadores importantes da reta final.

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Confira a tabela da Série B do Brasileiro 2018

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