A vitória do Criciúma sobre o Tombense por 2 a 0 na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, em 5 de novembro, entrou na mira do Ministério Público de Goiás (MP-GO) por suspeita de ter sido manipulada por um esquema de cooptação de jogadores para favorecer apostas esportivas. O clube catarinense não é investigado nem qualquer um de seus atletas que estiveram em campo.
Continua depois da publicidade
Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
A operação Penalidade Máxima, que cumpriu mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (14), identificou ao menos três jogos da competição com atuação do grupo criminoso. O ge revelou que, além da partida envolvendo o Criciúma, também estão sob investigação a disputa entre Vila Nova e Sport e o confronto do Sampaio Corrêa com o Londrina, ambos pela rodada final daquela Série B.
O esquema consistia na realização de algumas ações para favorecer as apostas, como o cometimento de pênaltis no primeiro tempo de cada partida manipulada. Em caso de êxito, cada suspeito receberia aproximadamente R$ 150 mil por aposta, ganho que seria compartilhado com os atletas investigados. A estimativa do MP-GO até aqui é de que o esquema tenha movimentado ao menos R$ 600 mil.
Na ocasião de seu confronto com o Tombense, o Criciúma venceu por dois gols marcados de cabeça, um em cada tempo. Na etapa inicial, no entanto, a equipe catarinense chegou a contar com um pênalti, cometido pelo lateral Joseph, do time mineiro, e que acabou não sendo convertido em gol.
Continua depois da publicidade
Os mandados da operação do MP-GO foram cumpridos em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ), na busca por provas do esquema.
O NSC Total buscou contato com o Criciúma, apesar de o clube não ser alvo da operação. A equipe catarinense afirmou que não se posicionaria, justamente por entender não ter relação com o caso.
Leia mais
Ex-comandante da PMRv é condenado por adulterar viatura para uso pessoal em SC
Qual é a empresa suspeita de pagar propina a prefeitos no escândalo do lixo em SC