O sentimento do técnico do Juventus, Pingo, é resumido em apenas uma palavra: frustração. Visivelmente abatido, o treinador disse que não sabe como ficará a equipe para a partida contra o Camboriú, a princípio marcada para domingo às 16 horas, no Estádio João Marcatto. Esta semana saíram da equipe o atacante Giso, que foi para o Brasiliense, e o zagueiro Peixoto, contratado pelo Novo Hamburgo. Porém, outros seis atletas podem pedir para deixar o clube antes mesmo do confronto de domingo: o goleiro Wanderson, o zagueiro Charles, o meia Mazinho e os volantes Paulinho e Cícero.
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– Fora os que podem surgir ainda -, admite.
O treinador explica que o motivo para a ‘debandada’ dos jogadores é o assédio de outros times pelo bom trabalho realizado no primeiro turno.
– Não tem como segurar, pois não podem trocar o certo pelo duvidoso e parece que a situação não tem perspectiva -, lamenta o treinador.
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Os jogadores estão dois meses sem receber, enquanto Pingo não foi remunerado há sete meses. Pingo admitiu que se a situação financeira estivesse melhor, o desempenho da equipe poderia ser ainda mais positivo.
– É uma situação que nunca vi no futebol. A equipe mais badalada do campeonato ficar assim -, diz.
O treinador solicitou a diretoria que a partida contra o Camburiú seja transferida para sábado, temendo que, com mais um dia, outros atletas possam pedir demissão. A expectativa de Pingo é que tenha pelos menos os 11 jogadores da linha e duas opção na reserva.
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Sobre a sua situação, o comandante assume que se continuar do jeito que está, tem 90% de chances de deixar o Moleque Travesso. Mas quer sair com o time garantido na elite. Ele acredita que com quatro pontos podem chegar a essa meta. Depois disso, se não tiver uma solução, o futuro é mesmo encerrar as atividades.
– O clube não tem dinheiro para repor peças. Quem vai querer vir para o Juventus numa situação dessas? Daí começa um WO aqui outro lá e a tendência é fechar as portas -, decreta.
O meia Mazinho admitiu que tem possibilidade de sair da equipe, mas por enquanto fica.
– A partir do momento que não tiver mais a condição necessária temos que sentar e conversar -, afirma.
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O presidente Jerri Luft foi procurado para comentar sobre a saída dos jogadores, mas disse que iria se pronunciar em outro momento.