Os jogadores do Figueirense realizaram novo ato de protesto por conta dos atrasos de salários no clube e decidiram não treinar nesta segunda-feira (15). Após o boicote à concentração para a partida diante do Brusque na Recopa Catarinense, desta vez os atletas não trabalharam na abertura da semana do jogo contra o Londrina, na próxima sexta-feira (19), pela 10ª rodada da Série B. A equipe vem de uma goleada sobre o América-MG por 4 a 0 e não perde há cinco jogos.
Continua depois da publicidade
A segunda-feira foi diferente no CFT do Cambirela, em Palhoça. Os jogadores do Figueirense foram ao campo para uma reunião com o técnico Hemerson Maria e em seguida deixaram o local sem realizar as atividades habituais. Os atletas expuseram ao treinador as dificuldades financeiras que estão enfrentando e a decisão de realizar o protesto.
A resposta oficial do clube sobre o tema foi de poucas palavras. "Decisão interna", afirma o diretor de comunicação e marketing Bruno Ribeiro, sem entrar em maiores detalhes. Até o momento não há confirmação se a greve terá sequência no decorrer da semana ou se o protesto dos jogadores irá se limitar ao ato da manhã desta segunda-feira.
Atrasos
Os atletas alvinegros receberam apenas 35% do salário de carteira assinada do mês de maio, acumulando o atraso dos outros 65% ao vencimento de junho, que também não foi depositado. Os jogadores ainda aguardam a quitação das pendências de direitos de imagem, que chegam a três meses em alguns casos.
Continua depois da publicidade
Quem está há mais tempo no Figueirense soma a estes débitos os valores em atraso remanescentes de 2017 e 2018. O problema atinge também funcionários das outras áreas do clube, que reclamam de não terem recebido sequer o vale-transporte. Os atletas das categorias de base acumulam atrasos de ajudas de custo.