O que os ex-jogadores Paulinho, Heverton e Magal têm em comum com o atual elenco do Joinville? Além de terem defendido as cores do JEC em campo, o trio também conheceu a pressão de buscar uma taça que a cidade não via há 13 anos.
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Foi em 2000 que o Tricolor bateu o Marcílio Dias e fez o torcedor novamente vibrar com a conquista do Catarinense. Hoje, eles e alguns outros protagonistas daquele título continuam vivendo na cidade e também respiram a expectativa da final.
O jejum sem levantar troféus do Estadual já é o mesmo. Mas a cobrança que havia no começo da década passada, dizem os ex-jogadores, talvez fosse maior.
-O time vinha de 13 anos sem título do Catarinense e, nesse intervalo, estávamos sem nenhuma conquista. No atual momento, estão há 13 anos sem o Estadual, mas venceram o Brasileiro da Série C e algumas copas Santa Catarina. Isto alivia um pouco a pressão-, compara o ex-atacante Paulinho.
Os campeões de 2000 também concordam que, se o Joinville superar o Figueirense nas finais, desta vez o título será mais valioso.
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-A torcida quer ganhar da Capital, há uma rivalidade. Se for campeão em cima de uma equipe de Florianópolis, a torcida terá um êxtase-, destaca Heverton, ex-lateral do Tricolor.
O elenco do Marcílio Dias, lembra Paulinho, não tinha a mesma força que o Figueirense de hoje. Além de ser um clássico, o rival da Capital jogará a Série A neste ano.
-Na época, ganhamos do Marcílio Dias, que não é considerado uma equipe grande. Contra o Figueirense é um clássico, vai ser bem maior o gostinho da vitória-, projeta Paulinho.
O camisa 11 de 2000, inclusive, acompanha o atual time jogo a jogo. Na partida em Brusque, contra os donos da casa, Paulinho esteve na torcida tricolor. Ou seja, se depender da torcida dele e de ex-atletas, o JEC estará reforçado.
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Heverton – “Resgate da grandeza do JEC”
O que pode ajudar os jogadores de hoje é a expectativa do torcedor. O torcedor vem apoiar e, como naquela época, toda a cidade está sentindo que esse é o momento de o Joinville voltar a ser campeão catarinense. Se os jogadores conseguirem receber essa energia e colocá-la dentro de campo, acho que eles têm grande possibilidade de sair com uma vantagem para o jogo no Orlando Scarpelli.
Se vencerem, esses jogadores vão ficar marcados na história. Alguns já estão porque foram campeões brasileiros da Série C, trouxeram o clube de volta à Série B. Faz tempo que o Joinville não é campeão catarinense, então ser campeão será marcante para todo o grupo.
Neste momento, é importante para o Joinville resgatar a confiança e a grandeza do clube dentro de Santa Catarina. Pode ser uma conquista até maior do que a nossa.
A torcida quer ganhar da Capital, há uma rivalidade. Se for campeão em cima de uma equipe de Florianópolis, a torcida terá um êxtase.
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Magal – “Uma marca na história”
Vínhamos de um jejum de 13 anos, a mobilização na cidade era muito grande. Recebíamos o carinho dos torcedores. Aquilo gerou uma confiança. Quem não quer ficar marcado na história do clube, assim como a gente ficou?
Eu tinha acabado de sair do juvenil, acho que era o mais novo do grupo na época. Ser formado na categoria de base e jogar uma final no primeiro ano de profissional, para mim, ficou marcado até hoje. É gostoso, mesmo 13 anos depois do título, ainda ser reconhecido, receber o carinho do torcedor.
Espero também que esses jogadores do atual grupo fiquem na história. Até hoje, em todos os lugares que vamos, a torcida lembra, comenta. Não é o dinheiro que paga. Ficar marcado na história do clube vale bastante.
Pela grandeza do Figueirense, um clube da Série A do Brasileiro, o título hoje vai ser de maior expressão se vier. A gente espera que seja uma final bacana e que o Joinville possa conquistar esse título depois de 13 anos.
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Paulinho – “União é a grande força”
Pressão sempre vai existir. O momento, agora, é de buscar esse campeonato. A equipe do Joinville é muito forte. Na nossa época, o que pesou muito a nosso favor foram os jogadores formados na base. Na final, eram seis jogadores formados na base. Isto garantiu uma união grande entre nós e os torcedores, ajudou muito na época.
O time vinha de 13 anos sem título do Catarinense e, nesse intervalo, estávamos sem nenhuma conquista. No atual momento, estão há 13 anos sem o Estadual, mas venceram o Brasileiro da Série C e algumas copas Santa Catarina. Isto alivia um pouco a pressão.
Creio que agora há uma maneira de fazer o mesmo, começando com um bom resultado em casa. Os jogadores vão passar, mas o título e a história vão ficar no clube para sempre. Não existe maior motivação do que essa.
Um clube da grandeza do Joinville não pode ficar tanto tempo sem ganhar títulos. É um motivo a mais para essa sequência acontecer daqui para frente.
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