O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, 20 anos, negou, em novo depoimento nesta quarta-feira, ter conhecimento do segundo vídeo feito da adolescente de 16 anos, que comprova o estupro coletivo no Rio de Janeiro. O atleta – que chegou a ficar preso pelo crime entre os dias 30 e 3 – prestou novos esclarecimentos, por cerca de uma hora e meia, à delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV).

Continua depois da publicidade

Ele saiu da delegacia por volta das 12h30min e não quis falar com a imprensa. Estava com os pais e a advogada, Renata Barcelos.

A delegada confirmou que Santos afirmou não ter tido conhecimento do segundo vídeo da menina, que veio à tona no domingo. A vítima aparece sendo forçada a fazer sexo e reclama de dor.

Leia mais

Jurada de morte por traficantes, vítima de estupro coletivo deixa o Rio

Continua depois da publicidade

Senado aprova pena maior para crime de estupro coletivo

Sétimo suspeito de participar de estupro coletivo é identificado

Lucas – conhecido por Petão no Morro da Barão, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde aconteceu o estupro, e Luquinhas, no futebol – também descreveu a casa em que esteve, no dia 21 de maio, com a menina, uma amiga e o lutador Raí de Souza. Ele afirma ter feito sexo com a amiga, e que Souza fez com a adolescente, de forma consentida.

Novo depoimento

A polícia não divulgou por que voltou a convocá-lo. O pai do meia-esquerda do Boavista (time da primeira divisão do futebol do Estado do Rio), Silvio César Duarte Santos, disse que ele mesmo não sabia o motivo.

– Ele está tranquilo. A gente fica apreensivo, mas ele não deve nada. Ele está com a família, com o pessoal da igreja. Não sei por que foi chamado. O que perguntarem ele responde. Mas a gente ficou sem entender. A gente só quer que isso acabe, para viver em paz – afirmou.

A advogada do jogador, Renata Barcellos, disse à reportagem que o novo depoimento deve ter o objetivo de ajudar a polícia a esclarecer alguns pontos que ficaram obscuros no inquérito, a partir de novas provas colhidas pelos investigadores.

Continua depois da publicidade

Na segunda-feira, o celular de Raí foi apreendido pelos investigadores, que encontraram pelo menos dois vídeos com imagens das agressões sexuais praticadas contra a adolescente. Raí está preso desde o último dia 30. Ele nega que tenha participado do crime.

Buscas

A Justiça revogou na terça-feira a liberdade condicional do traficante Moisés Camilo Lucena, o Canário, um dos suspeitos do estupro. Ele estava livre desde fevereiro. Um mandando de prisão foi expedido contra o criminoso. A polícia procura cinco homens que teriam envolvimento com o crime.

Leia outras notícias de Polícia