O jogador de futebol Marlyson Conceição Oliveira, atacante do time ucraniano Metalist 1925, relatou nesta quinta-feira (24) o momento de apreensão vivido na Ucrânia, após o ataque militar e invasão da Rússia. O atleta foi emprestado pelo Figueirense, clube de Florianópolis. 

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– Aqui na nossa cidade, as pessoas do Brasil falam que não está legal, mas aqui, até então, as pessoas se locomovem normalmente, mas a gente que não é do país tem muito medo, eles [ucranianos] já conviveram com isso e para eles deve ser não tão anormal quanto para a gente. Estamos bem aflitos, esperamos que a gente possa sair do país imediatamente, porque a situação não é fácil – disse o atleta.

O jogador, natural de Rosário, no Maranhão, mora na cidade de Kharkiv, cerca de 300 quilômetros da fronteira com a Rússia, a 461 quilômetros da Capital, Kiev, que está em conflito. Oliveira é uma das pessoas que tentam deixar a Ucrânia nesta quinta-feira. Confira o relato: 

A embaixada do Brasil no país ucraniano pediu em nota, divulgada na manhã desta quinta, que os brasileiros fujam para países vizinhos. O presidente da Ucrânia pediu calma e instaurou lei marcial, que ocorre quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país.

Oliveira foi contratado pelo Figueirense em 2021 e no mesmo ano se mudou para a Ucrânia. Nesta quinta, o clube ucraniano publicou nas redes sociais que o campeonato de futebol está suspenso (veja o comunicado abaixo).

“Devido à imposição da lei marcial na Ucrânia, o campeonato da Ucrânia foi suspenso”, escreveu o clube.

Atualmente, cerca de 600 mil ucranianos vivem em terras brasileiras, o que representa a quarta maior comunidade do mundo. Segundo o governo federal, o número de brasileiros na Ucrânia é de 500.

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