O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, avaliou no final da tarde desta terça-feira ser “excelente” para sua vida pessoal e para sua história a pesquisa Datafolha, realizada na semana passada, na qual ele aparece como o preferido dos manifestantes de São Paulo para a sucessão presidencial. No entanto, advertiu:
Continua depois da publicidade
– Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente. Estou chegando a 41 anos de vida pública. Está chegando a hora. Chega.
Saiba mais:
> Renan Calheiros propõe passe livre para estudantes em todo o país
> Câmara põe na pauta PEC 37 e destinação de royalties para a educação
Continua depois da publicidade
Barbosa defendeu, nesta terça-feira, “diminuir ou mitigar” o peso dos partidos na vida política do país.
– Não se faz reforma política consistente no país sem alteração da Constituição – afirmou o ministro que se disse favorável ao voto distrital.
O presidente do STF, que esteve nesta tarde reunido com a presidente Dilma Rousseff, disse que “o país vive uma crise de representação política”. Barbosa defendeu a diminuição do peso dos partidos na vida política do País e destacou ainda que a reforma política deveria criar um “recall”.
Barbosa, que disse ser favorável a candidaturas avulsas, considera que suplente de senador é “excrescência injustificável”. “A sociedade brasileira está ansiosa para se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre seus ombros”, disse o ministro, para quem o sistema deve mudar para viabilizar “pitadas de vontade popular”.
Continua depois da publicidade
Ele também se mostrou favorável à diminuição do peso político na promoção de juízes. Segundo ele, na conversa que teve com a presidente Dilma, defendeu a proibição de advogados atuarem em tribunais em que tenham parentes.
– Estamos passando por momento de crise grave. O que a sociedade quer são respostas práticas rápidas. O Brasil está cansado de reformas de cúpula. O que se quer é o povo participando das discussões – disse, acrescentando que defende a participação do povo na discussão das reformas.