Aos 58 anos, o ministro Joaquim Barbosa deverá ser confirmado nesta quarta-feira como o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes do início da sessão do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, os 11 ministros da Corte votarão em sessão secreta para a escolha do novo presidente, que assume em novembro. A sucessão no comando segue a ordem da antiguidade – a partir dos mais antigos até os mais novos.

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O presidente do STF, que tem mandato de dois anos, é eleito por meio de um sistema de rodízio entre os integrantes da instituição, permitindo a alternância do poder. Atual relator da Ação Penal 470, Barbosa terá como vice-presidente o revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski.

A posse de Barbosa só ocorrerá em novembro, depois da aposentadoria do atual presidente do STF, Carlos Ayres Britto, que deixará o cargo compulsoriamente ao completar 70 anos.

Indicado para a instituição em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa tem uma trajetória de vida que demonstra esforços pessoais e determinação. Filho de dona de casa e pedreiro, nascido em Paracatu-MG, já trabalhou como ajudante de pedreiro, foi oficial de chancelaria, professor universitário e procurador do Ministério Público Federal.

Jamais deixou de estudar. Fez doutorado na França e mestrado na Universidade de Brasília (UnB). É fluente em francês, inglês, alemão e italiano. Ao ser sorteado relator do processo do mensalão passou a chamar a atenção do público por sua postura determinada e destemida. Em geral, participa das sessões na Corte Suprema em pé e movimentando-se. Barbosa sofre com inflamações na coluna e nos últimos anos passou a licenciar-se com frequência.

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