O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, sentenciou há pouco o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque a 28 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na mesma sentença, o magistrado condenou também o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também por corrupção passiva, a 15 anos e 4 meses de prisão.

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A sentença de 28 anos é equivalente a que recebem criminosos com antecedentes condenados por latrocínio (roubo seguido de morte). A pena aplicada a Duque, homem indicado pelo PT para o cargo, é a maior já imposta pela Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras. Duque e Vaccari eram réus primários. A acusação é de que Duque recebeu propina de R$ 36 milhões.

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“A prática dos crimes de corrupção envolveu o recebimento de pelo menos R$ 36.346.200,00, US$ 956.045,00 e 765.802,00 euros à Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobrás (Consórcio Interpar, Consórcio CMMS, Consórcio Gasam e contrato do Gasoduto Pilar/Ipojuca)” detalha a sentença.

Já Vaccari é acusado de ter intermediado o recebimento de R$ 4,2 milhões pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em acerto com a diretoria de Serviços da Petrobras. A propina também seria referente ao Gasoduto Pilar/Ipojuca.

O doleiro Adir Assad também foi condenado no processo.

Vaccari é réu em outro processo, junto com o ex-ministro José Dirceu. Ambos são acusados de envolvimento na intermediação de contratos com o Ministério do Planejamento. Já Duque responde a dois outros processos, todos relativos a obras da Petrobras.

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Além deles, foram condenados:

Alberto Youssef – por lavagem de dinheiro

Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Adir Assad – lavagem de dinheiro e associação criminosa

Dario Teixeira Alves Junior – lavagem de dinheiro e associação criminosa

Sônia Branco – lavagem de dinheiro e associação criminosa

Pedro Barusco – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Mário Góes – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Julio Camargo – corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.