O deputado federal João Rodrigues (PSD) deve trabalhar durante o dia como parlamentar na Câmara dos Deputados e, à noite, dormir na prisão. A interpretação é de Márcio Vicari, advogado especialista em direito eleitoral e ex- juiz eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral (SC). Ele começa, a partir de hoje, a cumprir a pena de prisão no regime semi-aberto por cinco anos e três meses pela prática dos crimes de dispensa de licitação e fraude em licitação, referente ao período em que era vice-prefeito de Pinhalzinho, no oeste catarinense. Foi condenado em segunda instância, em 2009, pelo TRF4, em Porto Alegre. O Supremo Tribunal Federal manteve a decisão esta semana.
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João Rodrigues estava em férias com a família, nos Estados Unidos. Quando soube do mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal, mudou a passagem aérea para chegar ao Brasil, via Paraguai. A Polícia Federal interveio, a Interpol foi acionada e impediu a entrada do catarinense no país vizinho. Ele foi preso, de madrugada, na chegada em Guarulhos, São Paulo. Em vídeo divulgado em rede social pelo parlamentar, ele explica que a intenção era evitar o constrangimento da família dele, evitar contato com a imprensa e se apresentar à polícia.