O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) continua negando a intenção de figurar entre os presidenciáveis em 2018, mas pode-se dizer que foi recebido como tal em Florianópolis nesta sexta-feira. Convidado pela Fecomércio e prefeitura da Capital para um almoço-palestra na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) sobre desafios e ideias para transformar a gestão pública, o tucano foi prestigiado por praticamente todas as principais lideranças políticas catarinenses e teve direito até a presente do balé Bolshoi.
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Em pouco mais de 40 minutos de discurso para um auditória lotado, arrancou mais de 10 salvas de palmas — a primeira puxada por ele próprio, ao cumprimentar a viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira e pedir a homenagem ao cacique peemedebista que morreu em 2015. O gesto se repetiu, entre outros momentos, quando ele disse que a principal motivação para ter se candidatado à prefeitura de SP foi os 13 anos “de descalabro dos governos do PT”.
Os aplausos mais vigorosos vieram ao fim, quando o tucano repetiu um mantra recente da direita no país: “nossa bandeira jamais será vermelha, nossa bandeira é verde e amarela”.
Prefeito de SP nega que vai concorrer a presidente da República
Apesar de se apresentar como um “gestor que está na política, mas não é da política”, Doria se mostrou mais do que à vontade entre prefeitos, deputados, senadores e o vice-governador de SC, Eduardo Pinho Moreira. Logo no início, como se fosse um político experiente, jogou para a torcida ao se declarar casado com Santa Catarina, em referência à esposa ser natural de Pinhalzinho.
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Falou sobre programas implantados na capital paulista, como Corujão da Saúde e Cidade Linda, mais no tom de auto-divulgação e menos no de detalhamento de ações efetivas e duradouras para melhorar a gestão pública. Ao final da palestra, foi aplaudido em pé pela plateia.
Doria voltou a negar veementemente ser candidato a presidente da República —no que foi seguido por um lamento coletivo dos convidados só evento — e defendeu que essa posição seja ocupada por Geraldo Alckmin (PSDB), seu padrinho político.
— O maior serviço que posso prestar à democracia brasileira é ser um bom prefeito de São Paulo — declarou.
Ouça a reportagem de Márcio Serafini com entrevista de João Doria: