Acaba de estrear em SC o Lide, Grupo de Líderes Empresariais, uma associação privada que aproxima empresários e gera negócios. A posse da diretoria estadual contou com a presença do fundador e presidente do Lide Mundo, João Dória Júnior. Casado com a catarinense Bia Bettanin Dória, de Pinhalzinho, ele explica as propostas do grupo.

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Diário Catarinense – Por que o Lide SC?

João Dória Júnior – Estamos formalizando em SC a associação que tem 10 anos e está em oito estados. Precisávamos ter um líder que aceitasse esse desafio e, agora, temos o Wilfredo Gomes, capaz de aglutinar forças e aumentar a representatividade do Estado. Com a liderança do Wilfredo, vamos ter uma participação brilhante em 2013. O senador e ex-governador Luiz Henrique, um grande entusiasta do grupo, sempre nos apoiou muito.

DC – Quem o grupo atrai e o que defende?

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Dória – É um grupo de empresários que representa, fundamentalmente, companhias privadas, embora empresas públicas também possam participar. Ele defende a livre iniciativa; a governança, ou seja, o comportamento ético na atividade empresarial privada e no setor público; a sustentabilidade, porque entende que o desenvolvimento deve estar, necessariamente, compatibilizado com o respeito ao meio ambiente, mas sem radicalismo; e a valorização da educação.

DC – Como o Lide está crescendo no Brasil e no mundo?

Dória – Com a catarinense, chegamos a nove unidades estaduais, e vamos abrir mais três este ano, completando 12. No futuro, deveremos estar nos 27 estados brasileiros. A decisão de levar o Lide ao exterior foi natural. Ele ganhou projeção, conceito, e concluímos que poderíamos levar a associação ao exterior. A primeira unidade foi em Buenos Aires, na Argentina. É a maior, e vai fazer cinco anos em 2013. Depois, fomos para Portugal, Moçambique, Angola, Uruguai, Itália e China. Agora, estamos implantando nos EUA, México, Alemanha, Suíça, África do Sul e Peru. É um modelo brasileiro, motivo de muito orgulho. Sua formação, seus conceitos, nasceram aqui.

DC – Quem pode se associar?

Dória – São empresas privadas que tenham governança, faturamento igual ou superior a R$ 200 milhões, pelo menos um programa de apoio constante no terceiro setor e que respeitem o meio ambiente. Em SC, por considerar, também, a liderança de empresas, vamos aceitar como sócios líderes de empresas que faturam acima de R$ 50 milhões. A mensalidade anual é de R$ 8 mil. É uma é uma associação privada, com fins lucrativos, abriga as empresas que queiram participar e renovam ano a ano as suas participações. O Lide não tem recursos públicos, nem quer recursos públicos. Tem somente as contribuições de empresários que querem participar. Enquanto o grupo for eficiente eles contribuem. Quando não for mais, eles podem não renovar.

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DC – E o Lide Mulher, presidido no país e em SC pela empresária Sônia Hess?

Dória – O Lide Mulher pode ter o mesmo critério do Lide, mas há uma filiação específica. Mulheres que comandam negócios, são executivas, acionistas ou proprietárias de empresas podem se filiar, independentemente do faturamento da companhia. O mesmo critério vale para o Lide Futuro e o Lide Jovem.

DC – O que os empresários consideram mais importante na associação?

Dória – Há um conjunto de aspectos. Primeiro é a discussão de temas brasileiros. Os empresários entendem que, quanto melhor eles conhecerem o Brasil e os temas do seu país, melhor vão desempenhar as suas lideranças e conduzir as suas empresas no destino correto. Segundo, é o relacionamento, não necessariamente nesta ordem. O Lide reúne 49% do PIB brasileiro. Isto é muito, considerando que temos a sétima maior economia do mundo. É um relacionamento muito rápido e eficiente. Ele aproxima pessoas e negócios que geram impostos, empregos, oportunidades, iniciativas, referências de competição, o que é sempre saudável.

DC – Qual é a sua expectativa para a economia brasileira em 2013?

Dória – Melhor do que em 2012. Podemos ter um PIB perto de 4% que, comparado com um PIB de 1% do ano passado, é uma diferença expressiva. Retoma o caminho do crescimento e prepara o Brasil, talvez, para um ano excepcional de 2014.

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