João Doria (PSDB), atual governador de São Paulo, anunciou que não vai concorrer à Presidência da República nas Eleições 2022 pelo PSDB. O aviso ocorreu na manhã desta quinta-feira (31). O tucano cancelou todas as agendas externas onde faria uma despedida do governo paulista. Conforme informou o Estadão, o anúncio oficial deve ocorrer na tarde desta quinta no Palácio dos Bandeirantes. 

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A decisão ocasionou no pedido de demissão do vice, Rodrigo Garcia, da Secretaria de Governo. O político era apresentado por Doria como CEO da gestão. Em conversa com Garcia, Doria anunciou nesta quarta (30) a intenção de não concorrer ao cargo. O aviso causou uma crise no partido dos dois políticos. 

Conforme a conversa, aliados de Doria tentam entender o movimento. O político avisou que irá anunciar a desfiliação do PSDB e acusar caciques do partidos, com Aécio Neves à frente, de traição e de terem forçado a decisão. 

Lideranças tucanas importantes vêm se articulando há meses para que o político seja substituído na campanha à Presidência pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Para o paulista, que venceu a prévia contra o gaúcho no ano passado, isso seria um golpe.

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Pessoas próximas a Rodrigo Garcia, que deixou o DEM no começo do ano passado após o partido rachar na disputa para a presidência da Câmara, chamaram Doria de traidor e outros insultos. Em resposta, ouviram que ele manteria a promessa de não disputar a eleição e apoiaria o vice para a disputa do governo estadual, conforme combinado desde 2018.

A troca de candidatos vem sendo capitaneada por um grupo composto, entre outros, pelo deputado federal Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jeiressati (CE) e o suplente de senador José Anílbal (SP).

Doria, por sua vez, recebeu o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador José Serra (SP).

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