A Polícia Civil de Goiás indiciou, na tarde desta quinta-feira (20), o médium João de Deus pelo crime de violação sexual mediante fraude. Agora, o Ministério Público (MP) de Goiás irá decidir, a partir deste inquérito, se denuncia o médium à Justiça ou não.

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No dia 20 de dezembro, a TV Anhanguera obteve o depoimento de uma mulher que afirmou ter sido abusada por João de Deus. De acordo com ela, em uma sala reservada, ela notou o médium com o pênis para fora, percebeu o abuso e interrompeu o atendimento. Em seguida, João de Deus teria pedido para que o médium não relatasse a ninguém o que aconteceu.

Segundo o relatório final, o líder religioso ofereceu presentes, como uma pedra de valor e dois quadros religiosos, depois de tentar atos libidinosos com a mulher, com o objetivo de silenciar a vítima.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, em seu depoimento à Polícia Civil, João de Deus disse não se lembrar de ter dado esta pedra, mas admitiu a oferta de "quadros".

O crime pelo qual o médium foi indiciado prevê pena de dois a seis anos de prisão, caso João de Deus seja condenado. Inicialmente, a investigação tinha 15 casos, mas apenas um deles aconteceu depois de junho de 2018, pois, até setembro, o código penal determinava prazo máximo de seis meses para a denúncia após o crime.

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Nesta quinta-feira (20), a defesa do médium entrou com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso preventivamente desde o último domingo (16), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.