Apesar da esperança de chuva para amenizar a estiagem alguns prejuízos já estão contabilizados e levaram a administração municipal de Joaçaba a decretar situação de emergência no final da tarde de quarta-feira. Já em Concórdia, que já está em emergência, o volume de chuva de março ficou em 67,5% a menos do que a média histórica, segundo dados da estação meteorológica da Embrapa Suínos e Aves.

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Em março de 2020 foram apenas três dias de chuva, que somaram 43 milímetros, o que representa 32,5% da média histórica, que é de 132 milímetros. Em março de 2019 foram 195 milímetros. E, o mês de março menos chuvoso foi em 1991, com 29 milímetros.

No acumulado de três meses de 2020 são 367 milímetros, 25% a menos do que a média de 490 milímetros.

Essa falta de chuva está levando vários municípios a decretarem situação de emergência. Em Joaçaba, o secretário de Agricultura, Vilson Sartori, disse que há perdas nas lavouras e dificuldade no abastecimento de água.

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– Em algumas propriedades as fontes secaram e os agricultores estão perfurando poços artesianos para ter água. Um deles está investindo R$ 70 mil para perfurar um poço. A estiagem também afetou as pastagens, a soja tardia está secando antes do ciclo, o milho para silagem ficou sem espiga e não dá para semear pastagem. Isso prejudica a alimentação dos bovinos de corte e leite – disse o secretário.

Ele afirmou que alguns produtores estão buscando água nos vizinhos. Com o decreto o município pode realizar gastos emergenciais para tomar medidas para minimizar os efeitos da estiagem.

Até o final do mês de março a Defesa Civil tinha 27 registros de decreto de emergência.

O meteorologista da NSC, Leandro Puchalski, disse que há uma frente fria no Estado. Pela manhã choveu pouco, menos de 10 milímetros, mas ainda há chance de chuva até a noite, principalmente no Oeste e Meio-Oeste e Serra, mas sem grandes volumes.