As pedras preciosas, que tanto encantaram a humanidade pelo misticismo e motivaram conquistadores, foi o tema do enredo da Aliança, escola de samba que em 2017 busca o pentacampeonato no carnaval de Joaçaba e Herval d¿Oeste. A agremiação costuma levar para a avenida fantasias luxuosas, e este ano, ainda que com menos recursos, manteve o brio e mostrou porque é a favorita. A escola desfilou no domingo de carnaval e encerrou os desfiles na cidade, logo após a apresentação e homenagem da Vale Samba — mais antiga agremiação da região e que este ano não entrou na avenida. Acadêmicos do Grande Vale e Unidos do Herval desfilaram no sábado.
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Assinada pelo carnavalesco Carlos Fett, o enredo baseou-se na busca por aventura e tesouros. Com 16 alas e quatro carros alegóricos, impecavelmente construídos e com esculturas tridimensionais, a escola lembrou em fantasias bem produzidas que as pedras, desde os primórdios, foram onde a humanidade escreveu a própria historia. Veneradas pelo valor simbólico, serviram de adorno, de conexão com o divino e, como preciosidade, motivaram a ganância dos conquistadores.
Já na comissão de frente, mostrou a sede da ambição em coreografia assinada por Rafael Hoffelder. Antecedido pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representando Ametista e Dionísio, o carro abre-alas mergulhou na mitologia grega e as pedras preciosas do Olimpo. As seis primeiras alas mostraram as pedras usadas como adorno nos povos primitivos, o diamante africano, a suntuosidade dos faraós.
E por falar em suntuosidade, o segundo carro alegórico causou impacto: uma reconstrução do reino do Rei Salomão, com escada dourada na frente, esculturas de leões dourados nas laterais e, atrás, esculturas gigantes.
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O desfile ainda lembrou as distâncias que o homem percorreu atrás de tesouros, as viagens para a América e a história da descoberta das esmeraldas — as a ala das baianas representou a deusa adorada pelos incas, em vestidos com quatro cores.
Destaque também para o terceiro carro alegórico, com a bela escultura de um índio na frente, onças, jacarés e cobras gigantes e, no meio, a figura do bandeirante, uma representação dos caçadores de esmeraldas.
A escola precisou correr no final para cumprir o tempo de 70 minutos. Encerrou com o último carro, O sonho verde, e com a ala da bateria, do mestre Alexandre, despedindo-se do público.
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Fundada em 1994, a Aliança é a escola com maior número de títulos da Liesjho, 12 no total. E veio forte para brigar por mais uma vitória.
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