Em péssima campanha na elite mundial (WCT), Jihad Kohdr pode, enfim, começar a sonhar com a permanência entre os melhores surfistas do mundo. Neste sábado, o brasileiro chegou à final do WQS seis estrelas prime da França, etapa válida pela divisão de acesso. Apesar de ter perdido por “goleada” para o australiano Chris Davidson, ele deixou Seignosse com bons motivos para comemorar: pulou da 32ª para a 11ª colocação da lista que classifica os 15 primeiros para a temporada 2009. Davidson agora é o vice-líder, atrás apenas do americano Nathaniel Curran. As informações são do site GloboEsporte.com.
Continua depois da publicidade
Jihad é o 42º do WCT, ranking liderado pelo americano Kelly Slater. Como apenas 27 dessa lista se mantêm na elite, ele tentar a sorte pelo WQS. E os primeiros passos foram dados na manhã deste sábado, quando venceu três baterias para chegar à decisão, nas ondas de 1m em Les Bourdaines.
No primeiro dos desafios, Jihad passou pelo australiano Yadin Nicol. Depois, despachou o líder Nathaniel Curran. A vaga na decisão foi conquistada com uma vitória sobre o alemão Marlon Linpke.
Motivação não faltava a Jihad. A esperança, porém, transformou-se em sofrimento quando ele viu seu adversário na final pegar duas ondas quase perfeitas. Na primeira, aos 7 minutos de bateria, ganhou nota 9,57. A reação do brasileiro veio depois de 16 minutos. Arrancou um 8,17, mas a alegria durou pouco. O troco veio na série seguinte: 9,67 para garantir a vitória por combinação, ou seja, por mais de uma nota 10 de diferença. O triunfo fez Davidson engordar sua conta bancária em U$$ 15 mil (cerca de R$ 24 mil), além de ganhar 3 mil pontos no ranking.
– Era o dia dele. Não havia muito o que fazer na final. Estou feliz pelo segundo lugar. Este ano tem sido duro. Estou tentando melhorar meu surfe, e parece que encontrei algumas respostas nesse campeonato – diz Jihad.
Continua depois da publicidade
O catarinense Neco Padaratz também chegou ao último dia de disputas, mas caiu nas oitavas-de-final, diante do australiano Drew Courtney. O resultado fez com que o brasileiro subisse trinta posições no ranking: de 81º para 51º.